A Banda Filarmónica da Associação Recreativa e Musical de Ceira (ARMC) comemora domingo o seu 96.º aniversário. Apesar do atual contexto de pandemia, que não permite que se realizem as celebrações com a dimensão habitual, a Direção vai comemorar este aniversário de forma simbólica, enaltecendo o longo percurso da coletividade e o trabalho cultural que tem desenvolvido durante todas estas décadas.

Cada vez mais perto de celebrar o seu centenário, a Banda Filarmónica da ARMC continua a afirmar Ceira e a promover a freguesia. É também essa forte ligação que tem com a sua freguesia e com as suas gentes que a Direção quer enaltecer com as celebrações de domingo, ao envolver os sócios nas festividades, apesar das restrições que os cuidados de saúde impõem.

De acordo com o presidente da Banda, Sérgio Fachada, o programa vai decorrer durante a manhã de domingo. Começa, às 9h00, com o hastear da bandeira ao som do hino da Associação, seguindo-se, meia hora depois, a romagem ao cemitério, numa homenagem aos músicos já falecidos.

Alguns elementos irão representar esta coletividade na missa solene, às 10h30, na Igreja Matriz, apesar de, como era tradição, não poderem ainda assegurar a parte musical. “Alguns elementos vão participar na eucaristia porque a Banda tem uma grande ligação à paróquia de Ceira. Foi criada por um padre de Ceira com o objetivo primário de animar as festas religiosas e, por isso, nós costumamos fazer sempre a parte musical da missa neste dia. As condições sanitárias não permitem que o façamos ainda mas a banda estará representada na cerimónia”, explica.

O programa comemorativo continua depois com a entrega do almoço, a partir das 11h30, em regime de take away aos sócios que se inscreverem. “Na impossibilidade de comemorar o aniversário nos moldes tradicionais, devido ao estado pandémico que vivemos, a Direção da ARMC decidiu celebrar esta data fazendo chegar a Banda Filarmónica a casa de cada sócio e simpatizante, da maneira mais segura e eficaz para todos”, explica o presidente.

Sérgio Fachada recorda que era habitual, neste dia de festa, realizar um almoço convívio com os sócios, seguido de um espetáculo pela Banda Filarmónica. Mas, este ano, não havendo ainda a possibilidade de juntar grandes aglomerados, a Direção resolveu manter a tradição do almoço e, dentro das limitações impostas, entregá-lo em casa, de forma a continuar a assinalar o aniversário desta coletividade.

Com 400 sócios ativos, a Banda Filarmónica aguarda, neste momento, pela possibilidade de retomar os espetáculos. O presidente diz que tem feito “alguns concertos”, mas nada comparado com a atividade normal. “A nossa atividade era muito centrada nas festas religiosas que estão suspensas há já dois anos devido à pandemia. Temos feito alguns concertos mas agora não temos nada programado”, explica, acrescentando que estão todos “com esperança de poder ter algum espetáculo em breve, porque é isso que faz mover a banda”.