A candidatura conjunta da Câmara Municipal de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e da CoimbraMaisFuturo à segunda fase da linha de financiamento “Bairros Comerciais Digitais”, do Plano de Recuperação e Resiliência, foi submetida na passada sexta-feira (17). Com o nome “@Baixa Coimbra”, a candidatura visa transformar esta zona da cidade “num verdadeiro centro comercial ao ar livre, com recurso a ferramentas digitais para gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum”, referiu o Município.
“@Baixa Coimbra” assenta, assim, num modelo colaborativo de cocriação, “capaz de assegurar a valorização e digitalização do comércio local e a recuperação da economia”.
A escolha da área urbana, segundo a autarquia, teve em conta a forte densidade de espaços comerciais e de prestação de serviços (836 estabelecimentos numa área de 24,5 hectares).
“Outro fator relevante é o facto de a candidatura ser apresentada por um consórcio”, que é liderado pela autarquia, integrando também a associação empresarial APBC e a associação de desenvolvimento local CoimbraMaisFuturo.
A candidatura de Coimbra desenvolve um plano de ação “abrangente, inovador, integrador e colaborativo, que procura dar resposta às principais fragilidades e problemas identificados na Baixa de Coimbra”, num total de 46 ações que perfazem um investimento de 1.455.608 euros.
A par do desenvolvimento da cultura de Bairro e do destaque dado ao património e às indústrias criativas, no “@Baixa Coimbra” está prevista a introdução de mobiliário urbano inteligente “mupis”- bancos com tecnologia que permitem carregar telemóveis e painéis informativos para visualizar, em tempo real, os lugares de estacionamento existentes -, o investimento em sistemas de informação digital e realidade aumentada, estando contemplada a operacionalização de uma Plataforma de Gestão Inteligente de apoio à tomada de decisão e monitorização da área de abrangência, na qual a sustentabilidade ganha lugar de destaque. “A articulação com o MetroBus também é considerada”, sublinhou.
O projeto pretende capacitar os comerciantes da Baixa para outras formas de venda para além da física (em loja), nomeadamente a digital e a híbrida (que conjuga as duas), promovendo e potenciando os seus negócios. Esta iniciativa apresenta-se, assim, como uma oportunidade para Coimbra “impulsionar o crescimento económico, promover a proximidade e a coesão territorial, bem como a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, o comércio em linha e a integração digital das cadeias de abastecimento e escoamento”.