Quem visitar agora a sede da Fundação ADFP de Miranda do Corvo vai ficar surpreendido pela roupagem colorida que envolve as árvores, um pouco por toda a área, com incidência junto à zona da saúde mental e nos jardins em frente à Residência Coragem. Potenciando a arte como terapia, a Fundação ADFP apresenta vários trabalhos feitos em tricot e crochet.

A ideia partiu da diretora técnica, Glória Correia, que se inspirou numa exposição que viu nas Caldas da Rainha, onde vários trabalhos decoraram as árvores. “Gostei da ideia, porque isto enquadra-se na arte urbana que se faz nas cidades”, conta, realçando também a importância de dar a conhecer às novas gerações estas artes e técnicas.

Glória Correia considera que esta ocupação pode ser benéfica para os utentes, “não só porque gostam muito de ver” mas porque há também a preocupação de os envolver neste trabalho e na sua aplicação nas árvores, de forma a que “se sintam agradados e ligados às decorações”.

A Residência Coragem acolhe 44 pessoas e a Residencial Respeito 30, com deficiência e/ou doença mental que, por diversas razões, nomeadamente fragilidade social, económica e de saúde, se encontrem temporária ou permanentemente impossibilitados de residir no seu meio familiar. No Centro Social Comunitário há ainda residências para crianças e idosos e respostas para pessoas com doença mental e diversos serviços abertos à comunidade. Estas valências da Fundação ADFP asseguram a prestação de vários serviços, dos quais se destacam animação e ocupação, educação física e motricidade, alojamento, alimentação, cuidados de higiene pessoal e conforto, apoio psicossocial, cuidados de enfermagem 24 horas, consultas médicas de clínica geral, fisiatria e psiquiatria, e apoios de reabilitação, pedagógico e jurídico. Os utentes beneficiam ainda de múltiplas atividades ocupacionais, incluindo formação profissional, promovidas pela Fundação noutras valências.