Os idosos precisam de atividades e respostas que lhes permitam manter-se ativos e saudáveis, física e mentalmente. O avançar da idade, associado às novas rotinas que advém com a reforma, fazem com que muitos seniores procurem novas formas de ocupação, que lhes garantam um envelhecimento feliz.

Proporcionar aos idosos um amplo conjunto de atividades que lhes garantam um dia a dia feliz e ativo é uma das grandes prioridades da Associação Nacional de Apoio ao Idoso (ANAI), instituição criada há 26 anos com o intuito de proporcionar atividades e respostas que contribuam para que os seniores se mantenham dinâmicos.

Com respostas em várias áreas – social, cultural e formativa –, assegura valências variadas, como centro de dia, serviço de apoio domiciliário, oficinas, Universidade de Tempo Livre (UTL) e muitas outras ações, como viagens, passeios, caminhadas e atividades desportivas e de relaxamento.

De acordo com o presidente, José Ribeiro Ferreira, a ANAI acompanha em todas estas atividades mais de 300 pessoas. A pandemia da Covid-19 continua a condicionar algumas delas mas a instituição têm-se adaptado para continuar a assegurar todas as respostas, cumprindo todas as orientações da Direção Geral da Saúde e salvaguardando a saúde dos seus utentes e funcionários.

A UTL funciona na sede da instituição, na Rua Pedro Monteiro, e no último ano letivo teve nas suas várias disciplinas entre 230 a 250 utentes. Este ano, a instituição alterou a disposição de todas as salas, de forma a garantir o distanciamento social necessário mas assegurando que as disciplinas possam funcionar normalmente. Neste arranque do novo ano letivo, as pessoas podem ainda inscrever-se nas formações que desejarem.

“A ANAI permite que as pessoas reforcem os seus conhecimentos ou descubram mesmo novas paixões. Eu surpreendi-me com a habilidade de muitos dos nossos utentes, nomeadamente na pintura, onde tivemos uma utente com 92 anos”, realça José Ribeiro Ferreira. O presidente sublinha a importância que estas aulas têm para os idosos, ao proporcionar-lhes uma “rotina saudável, uma vez que fazem com que saiam de casa e estejam ativas física e mentalmente, ao mesmo tempo que convivem, fazem novas amizades e trocam experiências de vida”.

“É esta a filosofia da ANAI – criar motivos que façam com que as pessoas saiam de casa e proporcionar-lhes uma oferta variada. São pessoas muito dinâmicas, que têm ainda muito para dar e que, nesta fase das suas vidas, têm ainda vontade de aprender coisas novas ou de fortalecer conhecimentos em áreas que sempre gostaram e para as quais não tiveram tempo de se dedicar antes”, realça.

A UTL da ANAI é uma das mais antigas do país e é membro da Rede de Excelência da RUTIS (Rede de Universidades Seniores). José Ribeiro Ferreira defende que nunca é tarde para se obter mais conhecimento, já que “o país será tanto ou mais produtivo, tanto económico como culturalmente, quanto mais cultos forem os seus cidadãos”.

Para além da UTL, a ANAI tem a Oficina do Idoso, na Baixa de Coimbra, na Rua João Cabreira, onde funciona o Centro de Dia (com cerca de 20 utentes) e as várias oficinas (pintura, teatro, rendas e bordados, encadernação de livros, entre outros). Estes ateliês são frequentados por cerca de meia centena de pessoas.

A ANAI disponibiliza ainda, a cerca de 20 pessoas, serviço de apoio domiciliário, com as suas equipas a percorrerem vários pontos da cidade, assegurando a higiene do lar e do utente e levando-lhes também mais alegria, já que, em muitos casos, como explica o presidente da ANAI, estes idosos estão muito isolados e estes cuidadores são as únicas pessoas que veem com frequência.

A ANAI tem ainda disponível o Serviço de Apoio Permanente, onde assegura acompanhamento 24 horas por dia, e dispõe de Banco de Ajudas Técnicas, onde empresta equipamentos como camas articuladas, andarilhos, cadeiras de rodas, entre outros.

“A ANAI procura dar o seu contributo para que o envelhecimento seja ativo e saudável. Defendemos que as pessoas se devem manter, sempre que possível em casa, no seu lar, mas com qualidade de vida”, sublinha José Ribeiro Ferreira.