A Previdência Portuguesa comemorou, na segunda feira, 11 de janeiro, os seus 92 anos com uma cerimónia que ficou marcada pela apresentação do livro “A Previdência Portuguesa – Associação Mutualista: 90 anos em prol da solidariedade”.

Esta obra, que começou a ser preparada no âmbito das celebrações dos 90 anos da instituição e que acabou por sofrer alguns atrasos devido à pandemia, retrata a história da associação mutualista. O autor, José Amado Mendes, explicou que recorreu aos muitos documentos existentes, bem como a outros livros que foram sendo publicados nas datas marcantes, para escrever a história já longa desta associação, tendo enaltecido, durante a sessão, a importância que sempre teve no apoio às famílias. Elogiando o trabalho das sucessivas Direções, manifestou o desejo de que continue a crescer, para “chegar ao centenário ainda mais forte, nos vários domínios”.

Com cerca de 150 páginas, a obra divide-se em vários capítulos, analisando não só a história da Previdência mas também a importância que o mutualismo teve ao longo dos tempos, da solidariedade ao setor social; o contributo que Coimbra deu ao desenvolvimento do mutualismo em Portugal; o contexto político, social e económico em que nasceu A Previdência Portuguesa e a sua expansão a nível nacional. Aborda ainda os benefícios e serviços, a ação sociocultural e educativa que desempenha, entre outros dados.

No prefácio da obra, o presidente do Conselho de Administração, António Martins de Oliveira, assinala o marco que foram as celebrações dos 90 anos da instituição, considerando que é importante registar “os factos mais importantes” ocorridos nestas nove décadas. No prefácio e também na sessão comemorativa destes 92 anos, recorda que A Previdência “nasceu da necessidade de proteção à família e ao indivíduo provocado pelas circunstâncias que envolviam a sociedade portuguesa no início do século XX, também ela afetada pela crise mundial de 1929”. Comparou esses tempos iniciais aos que se vivem atualmente, com as muitas dificuldades provocadas pela pandemia, e sublinhou que os principais princípios da associação se mantêm – “partilha, entreajuda, solidariedade e respeito mútuo” -, continuando a instituição “a manter o seu trabalho e a filosofia do mutualismo, onde todos trabalham para todos”.

Nesse espírito, adiantou que vai apresentar em breve “uma proposta a algumas mutualidades no sentido de agregar e conseguir mais recursos financeiros para que as instituições possam financiar mais atividades sociais, delas e das outras”. Lembrou que “as dificuldades não acabaram” e assegurou que A Previdência vai “continuar a ajudar, mantendo-se ao serviço dos associados, de Coimbra, de Portugal e das famílias para criar uma base de sustentabilidade que a todos beneficie”.