O ‘warm-up’ do festival Política, que vai acontecer pela primeira vez em Coimbra, no Convento São Francisco (CSF), entre hoje (10) e amanhã (11), vai contar com um concerto de música cigana protagonizado por jovens da cidade.
O programa arranca hoje (10), com Dino D’Santiago, numa conversa dirigida às escolas de Coimbra sobre “o poder de transformação que a música e os artistas podem ter na sociedade”. A decorrer no grande auditório do CSF, o músico vai lançar uma questão: “A música pode derrubar muros?”.
No domingo (11), será exibido o documentário “A música invisível”, do realizador Tiago Pereira. Uma obra cinematográfica que procura fazer um retrato da música cigana “cantada de norte a sul do país”, afirmou Rui Oliveira Marques, da organização do festival.
Depois da exibição do filme e de uma conversa com o realizador, haverá um momento musical protagonizado por jovens de etnia cigana de Coimbra. Segundo o chefe da Divisão do Convento São Francisco, Filipe Carvalho, foi criado um grupo com cerca de 12 participantes, entre os 11 e os 38 anos, para essa atuação. “Até ao dia 11, poderão juntar-se mais pessoas, num grupo em que uns foram convidando os outros”, esclareceu, referindo que várias associações locais, situadas no Planalto do Ingote, ajudaram no trabalho de proximidade com as comunidades.
No domingo haverá ainda uma oficina criativa e de sensibilização pensada para crianças, entre os seis e os 12 anos, que procura refletir sobre o impacto das ações humanas na natureza. O festival encerra o seu ‘warm-up’ em Coimbra com um espetáculo do humorista Hugo van der Ding, “A grande mentira”, na sala D. Afonso Henriques.
Segundo a organização, todas as sessões são acompanhadas de interpretação para Língua Gestual Portuguesa e o filme é legendado em português.
O ‘warm-up’ em Coimbra resulta de uma coprodução entre o Festival Política e a Câmara Municipal, envolvendo a parceria intersetorial das divisões do Convento São Francisco, de Educação, de Ação Social e Gabinete para a Igualdade e Inclusão do Município.