12 de Novembro de 2025 | Coimbra
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Vila Nova de Poiares quer afirmar cada vez mais o tecido empresarial

10 de Novembro 2023

Bianca de Matos

“Vila Nova de Poiares tem tido sempre na sua história uma enorme capacidade empreendedora e de construir empresas sustentáveis para o concelho e para todo o território”. É assim que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques, caracteriza o seu tecido empresarial.

Nas palavras do autarca, o concelho poiarense é potenciador de criação de postos de trabalho, quer para pessoas residentes em Poiares ou de concelhos vizinhos, “tornando-se uma mais-valia para a economia local e da região”.

Embora seja “um concelho pequeno”, João Miguel Henriques afirma que Poiares sempre foi considerado “dinâmico em termos industriais”. “Temos um dos maiores polos industriais da região, em termos de dimensão e de número de empresas e de postos de trabalho, bem como do volume de negócios que gera”, aclarou.

A fixação de empresas no concelho é uma das maiores apostas do Município, que procura “projetos com qualidade e que nos dão garantias de virem a ter sucesso em termos futuros, independentemente da área”. “O importante é que sejam projetos devidamente elaborados, sustentados e fundamentados para serem capazes de se afirmarem ao longo dos próximos anos”, realçou o edil municipal ao partilhar que todos os investidores interessados em investir no concelho “serão muito bem vindos, caso as suas propostas sejam do nosso agrado, naturalmente”.

Poiares assume-se como um concelho atrativo

As razões que levam os empresários, dentro e fora do concelho, a procurarem Vila Nova de Poiares para investir, segundo o autarca, são várias.

“Temos a capacidade de dar condições aos empresários para investir através do investimento que foi feito na construção do Pólo I da Zona Industrial e atualmente do Polo II, bem como da expansão que estamos a perspetivar. Ou seja, tem havido preocupação política de criar boas condições em termos de infraestruturas para que as empresas se possam instalar no concelho”, evidenciou.

A localização, afirma, também é um fator atrativo, pois “somos um concelho que está muito perto de Coimbra e de algumas vias estruturantes como o IP3, a A1 e a A13”, por exemplo.  “Somos um concelho pequeno e isso acaba também por ser vantajoso, pois com grande facilidade as pessoas deslocam-se a Poiares e isso faz com que o empresário quando investe no concelho, e tendo em conta a perspetiva de captação de mão de obra, possa ter em consideração a população residente em Poiares e nos concelhos envolventes”, acrescentou.

Para João Miguel Henriques, estas são condições “que procuramos potenciar”. “Felizmente, isso tem resultado e está à vista de todos”, vincou.

Para cativar empresários a fixarem-se no concelho, a autarquia, além dos espaços que têm ainda disponíveis, “infraestruturados e prontos para captar qualquer tipo de empresa, seja de que área for”, isentou a derrama durante os primeiros cinco anos às novas empresas que se instalam no concelho.

Poiares avança com procedimento para expandir Zona Industrial

 Quanto a prioridades, o presidente destaca a revisão do Plano Diretor Municipal. “Vai avançar no próximo ano e, nessa revisão, pensamos começar a prever já a localização do futuro Polo III”, avançou o autarca, indicando que atualmente está também a decorrer a revisão do Plano de Pormenor do Polo II da Zona Industrial “que nos vai permitir, esperamos, a ampliação da atual área de acolhimento empresarial que, neste momento, tem 30 lotes, estando a maioria já ocupados, mas pensamos aumentar significativamente a área disponível e criar mais lotes para captar novas empresas”.

“Vamos tentar também aproveitar este Quadro Comunitário para conseguirmos investir na expansão do Polo II da Zona Industrial e no Polo I ao nível da requalificação das duas infraestruturas, da sua modernização e melhorar as condições”, destacou.

Assim, a Câmara Municipal avançou com o processo de revisão do plano de pormenor do Polo II da zona industrial com vista à expansão da sua área. “Haverá alterações pontuais ao atual plano de pormenor, com unificação de alguns lotes, e a perspetiva de expansão do Polo II. Concluímos as obras de infraestruturação desse polo e, a nível de procura de empresas, continua a justificar uma expansão e existe ainda espaço para isso”, referiu o autarca.

Segundo João Miguel Henriques, a revisão do plano de pormenor “permite aproveitar algum do espaço envolvente do Polo II, que não está a ser utilizado e que pode servir para alargamento da área existente”.

O procedimento de revisão do plano de pormenor deverá demorar “mais de um ano”, sendo necessário ouvir diversas entidades externas. “Estamos a falar de uma área de 10 a 20 hectares de expansão”, vincou.

Acessibilidades “são a maior dificuldade”

 A nível de dificuldades, o autarca referiu que estão relacionadas com as acessibilidades. “Poiares está muito perto de um conjunto de vias estruturantes e dos outros concelhos, mas há aqui duas ou três ligações, nomeadamente com a Estrada da Beira e do IP3 que precisam de ser intervencionadas”. Neste sentido, avançou o autarca, “estamos a trabalhar com o Governo e com a Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra, cujo estudo prévio já foi aprovado para a construção desta ligação”.

“Vamos avançar com estudos de impacto ambiental e a nossa expetativa é que este processo já não pare mais e que vá terminar com a tão ansiada ligação rodoviária de Poiares ao IP3”, perspetivou.

De acordo com o João Miguel Henriques, este “é um passo firme para a concretização daquele que tem sido um dos nossos desígnios, desde que tomámos posse em 2013, nomeadamente a construção de uma ligação rápida e segura da Zona Industrial ao IP3, que permita um desenvolvimento económico e social do concelho, de forma sustentada”.

“Esta é uma vantagem que não é só para o nosso território, mas para toda a região, na medida em que a esmagadora maioria do tráfego de mercadorias em direção a norte se processa através desta ligação, cruzando o nosso concelho”, sublinhou.

Em cima da mesa está a construção de três troços, nomeadamente a ligação desde o nó de Ceira da A13 até Vale Carvalhal, um segundo desde este local até à Ponte Velha e um terceiro troço, que passará a norte da vila e da Zona Industrial, desde o lugar de Vale Carvalhal até ao IP3.

Quanto à ligação à Estrada da Beira, o Município defende uma intervenção na EN17, em particular no troço que liga Poiares a Coimbra, “no sentido de assegurar a melhoria das condições do pavimento, bem como a sinalização vertical e horizontal e intervenção nos taludes”. “Há muitos anos que esta via não dá resposta às necessidades das populações, continuando a colocar uma série de constrangimentos, em particular ao desenvolvimento do tecido empresarial do concelho”, realçou.

Município de Associação Empresarial de “mãos dadas”

 A Associação Empresarial do concelho tem um papel fundamental no tecido empresarial e no desenvolvimento do concelho.

“É uma forma de os empresários se sentirem representados como um todo, debaterem os seus problemas, de conseguirem de uma forma agregada e conjunta encontrar soluções para aquilo que são as suas necessidades”, sublinhou.

A Câmara Municipal e a Associação Empresarial têm mantido “uma ligação excelente”. Recentemente, o Município viu aprovado o projeto conjunto “Poyares Digital”, no âmbito de uma candidatura ao projeto “Bairros Comerciais e Digitais”, “que vai permitir um investimento no nosso concelho a rondar os 700 mil euros”.

“Temos um orgulho muito grande naquilo que é a capacidade empreendedora do nosso tecido empresarial”, concluiu.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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