A Assembleia Municipal de Vila Nova de Poiares aprovou, por maioria, o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2021, no valor de 11.598.788 euros. De acordo com o presidente da Câmara, João Miguel Henriques, este Orçamento “implicou um exercício muito mais complexo do que o habitual tendo em consideração o grau de incerteza que pende neste momento sobre quaisquer previsões”, dado que a pandemia do novo coronavírus “veio colocar à prova a nossa capacidade de adaptação e resiliência perante uma nova realidade”. Foi esta nova realidade que levou o executivo a abrir uma nova rubrica no Orçamento, designada covid-19, que prevê uma dotação de 340.138 euros, fundamentalmente para apoio às famílias, empresas e associações, na mitigação dos efeitos diretos da pandemia.
João Miguel Henriques apontou que, “apesar das limitações impostas pelo processo de reequilíbrio financeiro em curso conseguimos ainda assim libertar recursos para apoiar as previsíveis situações de maior dificuldade sanitária, económica e social, ao mesmo tempo que asseguramos a realização de investimentos estruturantes para o concelho e continuamos a manter o mesmo nível de recuperação financeira iniciado há sete anos”.
Dentro das várias rubricas do Orçamento, destaque para o ordenamento do território com 1,7 milhões de euros, que contempla, entre outros projetos, a infraestruturação do Polo II da Zona Industrial; a reabilitação do centro histórico da vila; a criação de ciclovias e percursos pedonais entre a Avenida Manuel Carvalho Coelho, o Parque Verde e a Zona Industrial; e a reabilitação do Lavadouro da Venda Nova. De realçar ainda o investimento previsto para o ensino não superior com 650 mil euros, que inclui a substituição da cobertura em fibrocimento (amianto) da Escola EB 2,3 /S. Dr. Daniel de Matos, com cerca de 250 mil euros, a que se soma o reforço substancial nos apoios escolares previstos nas dotações do Orçamento para 2021, com um apoio de 30 mil euros para aquisição de equipamento informático para os centros escolares, cerca de 170 mil euros repartidos entre cantinas e transportes escolares, e 85 mil euros para as componentes de apoio à família e AEC’s – Atividades de Enriquecimento Curricular. A estes junta-se, também, a continuidade do projeto de combate ao insucesso e abandono escolar, dotado com cerca de 30 mil euros.