A União de Freguesias (UF) de Assafarge e Antanhol divulgou, na semana passada, um comunicado em defesa da manutenção e continuidade de todos os serviços do Hospital dos Covões.
O executivo, presidido por António Teodoro, manifesta, mais uma vez, o seu “desagrado pela forma como está a ser totalmente desrespeitada a importância que o Hospital dos Covões tem para a cidade de Coimbra e região Centro de Portugal, principalmente para todos os utentes da margem esquerda do Rio Mondego, por parte da Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e ministério da Saúde”.
Neste comunicado, que se encontra publicado na página de facebook da Junta, o executivo relembra que “este hospital foi considerado uma referência nacional na batalha contra a pandemia, tendo avultados investimentos nos últimos anos, quer ao nível das suas instalações, quer ao nível de equipamentos, como foi o caso do serviço de urgência e da unidade de cuidados intensivos, entre outros”.
“Neste momento, após o papel fundamental que teve no combate à última vaga da pandemia covid-19, pandemia essa que ainda não acabou e nem estamos perto do seu fim, o Conselho de Administração do CHUC decidiu encerrar desde o dia 1 de abril de 2021 a Unidade de Cuidados Intensivos e a Urgência deste hospital passou a funcionar desde dia 6 de abril de 2021 apenas entre as 09h00 até às 22h00, estando encerrada durante a noite”, dá conta, lamentando que os utentes tenham que recorrer à urgência do polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) no período noturno.
Depois de já terem sido fechados e transferidos os serviços de internamento de Cardiologia, Nefrologia e Pneumologia, e outras valências, a UF questiona se “pretendem transferir mais serviços ainda para os HUC” e se “a urgência também é para ser esvaziada de competências e passar a funcionar como urgência básica, como já esteve previsto no ano de 2020”. Tendo em conta a “defesa dos utentes e de um serviço de saúde público exemplar”, questiona ainda porque é que as consultas externas não podem passar para os Covões, “em vez deste contínuo esvaziamento”.
“Tudo isto que se está a passar é lamentável, pela total falta de consideração pelos milhares e milhares de utentes daquele hospital, onde estão incluídos os residentes da nossa UF de Assafarge e Antanhol, bem como de todos os profissionais que trabalham no Hospital dos Covões”, frisa o executivo neste comunicado, assinado pelo presidente António Teodoro, pelo tesoureiro Viriato Dias e pela secretária Sandra Matos.
Consideram ainda que, caso estas decisões não sejam revertidas, “então o ministério da Saúde, a ARSC e a Administração dos CHUC não estão a prestar um bom serviço à cidade de Coimbra, em especial aos utentes da margem esquerda e a grande parte de toda a região Centro, quando se quer, ou queria, que Coimbra fosse a Capital da Saúde”.