A União de Freguesias de Coimbra continua a apostar fortemente na área social. O Executivo, presidido por João Francisco Campos, tem criado várias respostas que vão ao encontro das necessidades da população. A criação de um Gabinete de Ação Social, a abertura da Loja Social e, mais recentemente, o lançamento da Linha SOS Solidão são algumas das medidas adotadas com o intuito de ajudar quem mais precisa. Há, contudo, outros projetos que o autarca assume como “bandeiras” para o próximo mandato, como a Lavandaria Social mas também a requalificação do Mercado do Calhabé e a transformação da sede de Almedina num grande pólo cultural da freguesia.
Nestes quatro anos, a União de Freguesias (UF) de Coimbra tem apostado fortemente na área social. O presidente, João Francisco Campos, diz que “os projetos desenvolvidos foram muito importantes”, que se registaram “muitas conquistas”, mas lembra também que, nesta área, o “trabalho nunca pára”.
A assistente social, Ana Madeira, tem desenvolvido um importante trabalho desde que chegou em 2018, altura em que a Junta passou a contar então com um Gabinete de Ação Social. A pandemia acabou por despoletar outras necessidades, o que levou mesmo à contratação de uma segunda assistente social entre abril de 2020 e maio de 2021. Foi também nesse contexto que surgiu a Linha SOS Solidão, dirigida sobretudo aos seniores da freguesia.
A ideia inicial era que fossem as pessoas a telefonarem, mas depressa a equipa se apercebeu que os contactos chegavam em pouco número. “Rapidamente percebemos que tínhamos que ser nós a contactar os nossos fregueses mais desprotegidos. Desde então fizemos centenas de telefonemas para perguntar às pessoas como estão, se precisam de alguma coisa e para lhes darmos a conhecer também as nossas atividades, como a Oficina dos Avós (parceria com a Associação das Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel), o Saco à Baixa (parceria com Há Baixa), a hidroginástica, ginástica sénior e outras iniciativas que promovemos para manter as pessoas mais ativas e saudáveis”, explica.
Se muitas famílias se encontravam bem, outras precisavam de ajuda. De acordo com João Francisco Campos, estes telefonemas “permitiram encontrar um pouco de tudo”, desde pessoas que “estavam sozinhas em casa há meses”, a outras que precisam de transporte para a vacinação e até outras que precisavam simplesmente de conversar. Lembra que estes contactos se destinam aos fregueses que não estão ainda sinalizados e que não são acompanhados pelo Gabinete de Ação Social ou pela Comissão Social de Freguesia, uma vez que os outros já têm “uma via aberta” com a UF. Esta linha, que vai “ao encontro das pessoas e das suas necessidades”, surgiu no contexto de pandemia mas é para manter enquanto a sua importância se justificar, assegura o autarca.
Proximidade com a população é fundamental
João Francisco Campos considera fundamental esta relação de proximidade com a população. Sendo esta uma freguesia com um território tão vasto, lamenta que não seja possível ter a proximidade que gostaria com todos. A pandemia veio, contudo, reforçar essa ligação, ao criar situações que obrigaram os serviços a estar ainda mais presentes na vida dos cidadãos.
A distribuição de equipamentos de proteção individual pela população com mais de 65 anos, numa altura em que estes eram escassos e de difícil acesso, e a entrega de mais de sete dezenas de computadores e de duas dezenas de equipamentos de internet aos estudantes da freguesia que não dispunham dessas ferramentas fundamentais ao ensino à distância foram alguns dos apoios assegurados.
Para além disso, a Junta manteve as ajudas habituais, nomeadamente a nível alimentar. O presidente diz que “esta nem é a área que levanta maiores dificuldades”, uma vez que a Junta tem uma mercearia onde tem disponíveis sempre bens alimentares essenciais e não perecíveis, o que permite responder a qualquer hora a todas as famílias que necessitem deste apoio. Recorda que no Natal foram distribuídos 400 cabazes, tendo sido entregues “outros tantos ao longo do ano”.
“Desenvolvemos um trabalho coordenado com as associações e acho que temos melhorado. Somos uma freguesia rica em termos de instituições que atuam nesta área social e, como costumo dizer, as freguesias estão aqui para ajudar, não para atrapalhar. É isso que temos feito, temos trabalhado sempre em sintonia, criando sinergias com as nossas instituições, não só a nível social mas também na área da cultura, como sucede, por exemplo, com o Inatel”, explica.
A criação de uma Mercearia Social, que funcione através de senhas, está também nos projetos do atual Executivo.
Para além disso, a Comissão Social tem apoiado muitas pessoas e/ou famílias no apoio ao pagamento de rendas, faturas de água, luz e gás e noutras respostas consideradas urgentes, como compra de óculos e medicação.
João Francisco Campos explica que, “de acordo com os estudos da Câmara, “a UF de Coimbra é a que mais apoios dá a nível de agregados familiares”. Assegura que a sua equipa estará sempre atenta à realidade que se vive na freguesia, bem como continuará sempre disponível para ajudar os fregueses que precisarem da sua ajuda.
S. Bartolomeu: o espaço social da freguesia
Recorde-se que o Executivo, para além destes apoios, tem concentrado várias respostas sociais na Delegação de S. Bartolomeu, que transformou no espaço social da freguesia. João Francisco Campos explica que esta sede se situa “numa zona onde há grandes problemas de envelhecimento, de dependências e onde atuam muitas das instituições que trabalham com essas áreas”.
O atual Executivo inaugurou ali, nos últimos meses de 2018, a sua Loja Social, uma nova resposta que veio ajudar no combate à pobreza e assegurar um apoio mais efetivo às pessoas que se deparam com situações de carência. Neste espaço, disponibiliza os mais diversos artigos, como livros, brinquedos, vestuário, roupa de cama, móveis, eletrodomésticos, entre outros. A loja funciona graças a uma rede solidária, onde a sociedade é chamada a participar, doando o que tem e não precisa, desde que se encontre ainda em boas condições de utilização.
Foi também nesta Delegação que nasceu, no início do ano passado, a “Oficina dos Avós”, um espaço que promove o envelhecimento ativo e saudável, ao mesmo tempo que promove o convívio entre as pessoas que frequentam as várias oficinas e contribui para a revitalização da Baixa.
Ainda nesta área social, João Francisco Campos destaca também o projeto “Juntar”, através do qual recolhe eletrodomésticos, material geriátrico, móveis e outros artigos que recondiciona e devolve depois a quem mais precisa.
Mercado do Calhabé continua à espera da reabilitação

A nível de grandes obras, João Francisco Campos lamenta que a recuperação do Mercado do Calhabé não tenha avançado ainda, de forma a dar outra vida e dignidade ao espaço. O presidente queria ter esta obra já em curso mas a verdade é que continua ainda a aguardar pelo projeto, da responsabilidade do Gabinete de Apoio às Freguesias (GAF) da Câmara de Coimbra.
“O facto de o Mercado do Calhabé ainda não estar reabilitado é, para mim, o grande falhanço deste mandato. Infelizmente não depende da Junta uma vez que o Mercado, mesmo estando protocolado com a Junta, é propriedade da Câmara e é ela que nos tem que entregar o projeto”, explica.
A demora deste obra, que está pedida desde finais de 2017, acaba por condicionar outros projetos que a UF tem previstos para aquele local, como a Lavandaria Social.
João Francisco Campos realça que, em primeiro lugar, é preciso renovar todo o espaço, de forma a criar um “mercado mais moderno, que esteja aberto todo o dia, que seja mais inclusivo e de fácil mobilidade para todos, de forma a atrair uma maior diversidade de público”. Destaca a sua centralidade, bem como a sua história e importância que assume naquele território. Conta que o Mercado do Calhabé faz parte de toda a sua história, já que cresceu naquela área e a sua mãe foi educadora de infância, mesmo em frente ao Mercado, mas lamenta que, nos seus 45 anos de vida, muito poucas alterações ou melhorias tenha sofrido. Enaltece o trabalho do anterior autarca, Hélder Abreu, que “não permitiu que o mercado caísse”. Mas, apesar das “melhorias pontuais” efetuadas, nomeadamente com a cobertura central e com a construção de casas de banho, “o mercado está exatamente na mesma, como há 45 anos atrás”. O autarca frisa mesmo que é “um mercado ultrapassado”, que sobrevive graças aos seus comerciantes e frequentadores, mas que tem muitas potencialidades a explorar e que merece outra dignidade para acolher todos.
“A reabilitação do Mercado do Calhabé continuará a ser, provavelmente, a nossa maior bandeira”, afirma João Francisco Campos, explicando que não é de “fazer grandes promessas” e recordando que na última campanha eleitoral defendeu, acima de tudo, a contratação de uma assistente social para a UF e a intervenção no Centro de Saúde da Fernão de Magalhães (apesar da concretização desta obra não depender da Junta e nem mesmo da Câmara), tendo sido possível “chegar a bom porto” em ambos os casos.
Almedina: o pólo cultural da freguesia

A transformação da Delegação de Almedina num “pólo cultural” da freguesia é outra das “bandeiras” que João Francisco Campos pretende levar para o próximo mandato. O Executivo anunciou esta ideia há dois anos, no âmbito das comemorações dos 900 anos de Almedina, uma medida que visa valorizar aquele monumento e potenciar as suas instalações, mas, também aqui, continua à espera que o GAF da Câmara Municipal de Coimbra, entregue o projeto.
Esta UF – que resultou da reorganização administrativa de 2013, que englobou as freguesias de Almedina, Santa Cruz, São Bartolomeu e Sé Nova – conta com estas quatro delegações e ainda uma quinta, na Pedrulha. São espaços diferenciados, distribuídos pelo vasto território e que têm sido potenciados de diversas formas.
Agora é a vez de dar uma maior atenção à cultura, com a criação de um pólo cultural na Delegação de Almedina. “A nossa intenção é criar ali um espaço de ‘coworking’ cultural onde algumas entidades e coletividades possam ter o seu espaço. Na sede acolhemos uma ou duas instituições, na sala Dr. Hélder Abreu, e em Almedina queremos que as associações tenham um espaço de trabalho e um local para realizar alguns espectáculos”, explica o autarca.
João Francisco Campos lembra que este é um monumento classificado, situado no centro histórico da cidade, que quer “dinamizar e tornar mais atrativo”, de forma a “transformá-lo num espaço aberto à população, à cidade e aos turistas”.
A ideia passa por colocar a secretaria na entrada, no centro, num espaço envidraçado, deixando a restante área para a cultura em toda a sua diversidade, como teatro, exposições, poesia e o que mais se justificar. De acordo com o presidente, o coro alto vai destinar-se às associações, para que ali possam trabalhar, até mesmo em conjunto. Em baixo haverá uma zona destinada a ensaios e pequenos espetáculos.
Freguesia sempre dinâmica
A Junta quer ter também um papel interventivo na área da habitação, mostrando-se preocupada com o preço praticado no mercado de arrendamento, em muitas zonas da freguesia com rendas impossíveis de suportar por muitas famílias. “Desde o início do mandato que está nos nossos objetivos a compra de um prédio para habitação social, mas mais de passagem. Queremos, no fundo, permitir que as pessoas possam sair de um quarto e ir para uma habitação, propiciando a reinserção no mercado de trabalho e na sociedade. Seria mais uma casa de transição. Já tivemos alguns prédios em vista, mas é tudo muito caro”, lamenta.
O autarca diz que esse objetivo vai manter-se. “Felizmente herdamos uma Junta com uma boa situação financeira, vamos terminar o mandato na mesma situação, mesmo com o forte investimento realizado a nível de equipamentos (como compra de carrinhas, material informático, máquinas de trabalho, barracas de madeira, tendas, palcos, equipamento de som, passa cabos, quadros elétricos…)”, explica.
Ao reforçar o seu espólio, a Junta criou condições que lhe permitem realizar os eventos próprios com o seu material e mão de obra, já que foi também crescendo a equipa. Atualmente, conta com cerca de 20 profissionais (dispersos pelas cinco delegações), o que lhe permite “não depender de ninguém”. Continua a faltar, no entanto, um armazém próprio, que lhe permita poupar o dinheiro do arrendamento pago pelo atual.
Apesar da pandemia ter levado ao cancelamento de muitas das atividades previstas, esta é uma UF dinâmica. Destaque para algumas realizações que marcaram este mandato, como o Mercado de Natal, o Festival de Coros, as atividades comemorativas do Dia da Criança, o Summer Market & Street Food, as comemorações dos 900 anos de Almedina, entre outras. De realçar ainda o programa “Atividades de Verão”, dirigido às crianças e jovens da freguesia dos seis aos 17 anos, que vai decorrer de 21 a 27 de junho (das 17h00 às 21h00 nos dias úteis, uma vez que ainda há alunos com aulas, e durante todo o dia no fim de semana) e de 19 a 26 de julho (durante todo o dia). Os participantes vão poder participar, de forma gratuita, nas diversas atividades programadas, como passeios pelos espaços da freguesia, idas à praia, entre outras. Os interessados podem ainda inscrever-se, através do email ufcoimbra@gmail.com ou do telemóvel 911 710 073.
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Quebra pouco significativa na população
A União de Freguesias de Coimbra deverá registar uma quebra “pouco significativa” na sua população. De acordo com o presidente, João Francisco Campos, os censos atuais apostam para cerca de 13.700 residentes, o que comparativamente aos de 2011 deverá significar “apenas uma diminuição de umas duas centenas de pessoas”.
Mesmo não sendo uma conclusão oficial, o autarca estima que esta diminuição se fica a dever à forte aposta na recuperação de habitações para alojamento local. Dá como exemplo Almedina que em 2011 tinha duas mesas de voto e quase 1.500 eleitores, números que atualmente se resumem a uma mesa de voto e cerca de 700 pessoas.
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Quatro anos a apostar na proximidade
Os presidentes de Junta são aqueles que estão mais perto dos cidadãos. A poucos meses de completar o seu primeiro mandato na UF de Coimbra, João Francisco Campos admite que esta questão da proximidade tem sido um “desafio muito compensador”. Com experiência de autarquias a nível da Assembleia Municipal e da Câmara, nunca tinha estado numa Junta ou Assembleia de Freguesia. “Uma falha minha”, diz, “porque sempre ouvi dizer que para sermos bons autarcas devíamos vir pelo menos a um mandato numa freguesia para vermos como é que ali se trabalha e a proximidade que se tem com as pessoas”.
Foi isso que também tem vindo a aprender nestes quatro anos. E nem sempre foi uma aprendizagem fácil, tendo em conta o vasto território desta freguesia, que resulta da união de quatro. “São quatro freguesias ao meu cuidado. É compreensível que não consiga estar tão presente como estavam anteriormente os autarcas destas quatro freguesias. Eu já encontrei a UF formada, mas, de facto, as pessoas ainda anseiam por um presidente de Junta mais presente”, admite, considerando todavia que esta ligação com as pessoas tem “sido recompensadora”.
Uma freguesia imensa
Esta é, de facto, uma freguesia com um território imenso, que não se centra apenas no “casco urbano”, na Alta e na Baixa da cidade. O presidente explica que vai “quase até à Cidreira, atravessando grande parte dos campos do Bolão e do Choupal”. Vai também até à Pedrulha, Coselhas, Solum, passa a Ponte Europa, descreve.
“É uma freguesia muito diferente dentro de si mesma. Tem um território com tipologias muito diferentes, onde se conjugam todos os estratos sociais e habitação de todos os tipos, da caríssima aos bairros sociais”, explica.
Mas, no seu todo, trata-se de uma freguesia predominantemente urbana, com todas as dificuldades que isso acarreta a nível da gestão. João Francisco Campos lamenta as “dificuldades em falar com a Câmara, que não dialoga com as Juntas (ou pelo menos não fala com esta), o que cria dificuldades na hora de fazer as obras que gostaríamos”.
Mas, na sua opinião, “as cidades, neste momento, também não precisam de grandes obras”. Precisam antes de “pequenas manutenções, pequenas obras”. No caso da UF que dirige, diz que algumas das ideias que apresentou até acabaram por avançar com projetos da Câmara, por vezes até de maior dimensão, o que foi benéfico para a freguesia, como tem vindo a suceder com o arranjo dos passeios e da melhoria pedonal na área urbana.
Congratula-se com essas realizações e diz que “não interessa quem faz, mas sim que seja feito”, sendo sempre a sua preocupação maior servir a população e assegurar serviços e respostas que lhe garantam qualidade de vida.
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Ainda à espera da descentralização
A União de Freguesias (UF) de Coimbra continua à espera que se concretize o processo de descentralização. Responsabiliza a Câmara por tal ainda não ter sucedido e acusa Manuel Machado, presidente da Câmara e também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, por “não cumprir a lei, quando foi ele que a assinou”.
Diz que a Câmara se “recusou a negociar com a Junta”, tendo mesmo “levado para a Assembleia Municipal um documento que não estava acordado com as Juntas de Freguesia”, assim como convocou o autarca para “uma reunião a 4 de dezembro, para discutir o processo da descentralização, quando descobrimos depois na Assembleia Municipal que esse processo tinha sido despachado no dia três – na véspera da reunião – para a sessão de Câmara, o que mostra que não havia qualquer intenção de negociar”.
Recorda que, devido às ilegalidades feitas pela CMC no processo de descentralização “a UF colocou a Câmara de Coimbra e o atual executivo na justiça, estando a decorrer no Tribunal Administrativo o processo competente”. Lamenta ainda que Manuel Machado diga “que as freguesias são todas iguais, quando não o são, há freguesias rurais, periurbanas e urbanas”.
Diz que não compreende os motivos para estarem “desde finais de 2019 com o processo de descentralização pendente” e lamenta que, não tendo “aparecido qualquer proposta da autarquia até então, a proposta apresentada pela Junta a 6 de julho não tenha sido levada ainda a sessão de Câmara”.
“Não há acordo porque nunca conseguimos negociar com a Câmara. Quando recebemos a proposta generalista que enviou para todas as freguesias, dois dias depois de termos enviado a nossa, respondemos a pedir que a nossa proposta fosse levada à reunião de Câmara mas que ainda assim a UF não fechava a porta a negociações. Mas nunca houve negociações”, sublinha.
João Francisco Campos mostra-se ainda descontente com a questão das limpezas, tendo a Câmara assumido toda a área urbana e deixando à responsabilidade da Junta apenas a zona da Pedrulha e de Coselhas. Adianta também que foram comprados 40 papeleiras/cinzeiros, que vão ser distribuídas pela área de limpeza que está à sua responsabilidade, “uma vez que em 2018, unilateralmente e sem motivo, a Câmara retirou toda a área urbana de limpeza à UF para entregar a privados e, nessa zona, a competência mantém-se na autarquia”.