A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) atribuiu na passada quarta-feira (28) o doutoramento ‘honoris causa’ ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o “super-herói” que a universidade diz ter salvado “a vida de milhões de pessoas”.
“Numa linguagem mais próxima dos tempos e, sobretudo, dos jovens de hoje, se a OMS foi a guardiã planetária e a Estrela da Vida, Tedros Adhanom Ghebreyesus foi o nosso super-herói”, apontou Filipe Froes, professor da FMUC responsável por proferir o elogio académico.
Filipe Froes vincou que o atual diretor-geral da OMS “procedeu às decisões mais significativas da história da Organização, ficando o seu nome para sempre associado a uma das lutas mais cruéis que a Humanidade enfrentou”.
O biólogo assumiu a direção da Organização Mundial da Saúde em 2017. Antes foi ministro da Saúde da Etiópia (de 2005 a 2012) e ministro de Relações Exteriores (de 2012 a 2016).
Enquanto decorria a cerimónia de doutoramento, cerca de três dezenas de pessoas manifestaram-se contra a atribuição deste reconhecimento “a uma pessoa que não é bem-vinda a Portugal”.
Elementos da Associação 21/26 e do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) gritaram algumas palavras de ordem, empunhando alguns cartazes onde se podia ler “Era uma vez uma pandemia, que serviu de justificação para alterarmos a Constituição”.
À margem da cerimónia, o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, elogiou o trabalho que novo Doutor ‘honoris causa’ realizou no âmbito da pandemia provocada pela covid-19. “É com muita honra que a Universidade de Coimbra junta ao seu rol de doutores ‘honoris causa’ o doutor Tedros”, sustentou.