A região Centro deve muito a Pedro Machado, que ao longo de vários anos deu o melhor de si projetando-a turística e culturalmente, aquém e além-fronteiras. Sinto-me muito à vontade para o escrever: sou dos poucos que nunca beneficiei de nenhum apoio da entidade de turismo a que preside, nem tão pouco sou seu amigo, ou consto da sua lista de apoiantes.
Conheço o seu trabalho e isso basta-me para afirmar o que digo: conseguiu unir uma região muito diversificada, inclusive do ponto de vista político, conferindo-lhe escala e afirmando as suas potencialidades, promovendo a produção endógena, e desenvolvendo iniciativas chave junto do tecido social e económico.
Porém, Pedro Machado deve, também, muito a esta região, que o projetou, que fez dele o rosto principal da promoção turística, líder regional e referência para muitos empreendedores, empresários e autarcas, ao ponto de ter sido apontado para liderar a CCDRC.
Não creio que outros presidentes de entidades regionais de turismo tenham conseguido um feito semelhante. Na verdade, nem sabemos quem são os titulares, enquanto de norte a sul sabem quem é Pedro Machado líder do Turismo do Centro. Neste quadro, a sua candidatura à presidência da Figueira da Foz é natural, muito mais do que a de Santana Lopes, que insiste no paraquedismo permanente para se manter na crista da onda.
Considero, no entanto, que Pedro Machado parte em desvantagem: não só para o rival direto, dada a grande implantação socialista no município; mas também pela manutenção no desempenho de funções na Turismo do Centro, que pode trazer grandes amargos de boca quando a campanha subir de tom, que é como quem diz, a partir de agora!
Oxalá o bom senso vingue e se consiga o consenso desejável, seja por via da continuidade tranquila ou da transição pacífica.
A Região Centro agradece, o Turismo também.