23 de Maio de 2025 | Coimbra
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António Inácio Nogueira

TESTEMUNHOS Um Livro, Uma Conduta: Filho do Hamas

26 de Julho 2024

Comprei e já li o livro Filho do Hamas: Um Relato Impressionante Sobre Terrorismo, Traição, Intrigas Políticas e Escolhas Impensáveis. Foi dado ao prelo em 3 de Novembro de 2023, tem edição portuguesa de Mosab Hassan Yousef (Autor), Ron Brackin (Autor) e Marcello Lino (Tradutor).

É um livro para reflectir e pasmar. Ficamos a conhecer os meandros da crueldade do grupo terrorista Hamas e as perversidades vexatórias exercidas sobre os palestinianos pelo Estado de Israel.

Mosab Hassan Yousef nasceu em 1978 na Cisjordânia. É filho do xeique Hassan Yousef, um dos líderes fundadores do Hamas, organização fundamentalista islâmica responsável por inúmeros atentados à bomba e outros ataques mortais contra Israel. A actuação de Mosab como espião ajudou a desmantelar a ala militar do Hamas, ameaçou a família e pôs em risco a sua própria vida. Em 2007, já convertido ao cristianismo, procurou asilo político nos Estados Unidos.

Em síntese, podemos ler neste livro, a história verídica de um filho do Hamas que se tornou espião israelita. Converteu-se ao cristianismo e apoiou o combate a uma das maiores organizações terroristas do mundo.

Neste livro, Yousef relata a sua vida, como filho de um líder influente na comunidade islâmica na Palestina, a experiência na prisão israelita, a desilusão com a política e as autoridades do seu próprio povo. Também o seu recrutamento pelo Shin Bet. A certa altura do livro desabafa: «Ao contar a minha história, a maior esperança que tenho é mostrar ao meu povo – os palestinos seguidores do Islã, que têm sido usados por regimes corruptos há centenas de anos – que a verdade pode libertá-los.»

Quase a completar 18 anos, impelido pela raiva e pelo desejo de vingança, Mosab decide assumir um papel activo no combate aos seus opressores israelitas. Acaba sendo preso e conduzido para o mais horrendo centro de interrogatórios de Israel.

Após dias de tortura, porventura pelo seu comportamento, recebe uma proposta de um capitão do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel: Era pegar ou largar: a sua liberdade em troca de colaboração para identificar os líderes do Hamas responsáveis por ataques terroristas.

Incrédulo, Mosab considera a oferta despropositada. Afinal, como poderia trair a sua religião, seu povo e ajudar seus inimigos?

Fê-lo. Denunciou.

É de ler, para que não se perpetrem os mesmos erros.

 


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