Depois de levar mais uma «facada» numa das instituições de saúde da cidade, e, logo que o médico consentiu, sentei-me no meu «burguesmente» designado cadeirão e dei prosseguimento à leitura do livro A Mais Breve História de Israel e da Palestina de Michael Scott-Baumann. Hoje acabei. Propus-me de imediato a escrever este artigo, dada a pertinência da sua leitura, por todos aqueles que pretendam saber e aprofundar, a história destes povos milenares.
No livro em apreço, o conflito entre Israel e Palestina é largamente explorado em algumas centenas de páginas. É, sem dúvida, uma referência útil, imprescindível, para quem quer saber mais e não se fica pelas opiniões dos comentadores, quantas vezes duvidosas e pouco sábias.
O conflito entre Israel e a Palestina, foi e continua a ser, um dos confrontos mais azedos da história, com consequências globais penetrantes e duradoiras.
A experiência do autor como professor e historiador é sentida em cada página do livro. Neste contexto, as complexidades do conflito são fáceis de compreender nesta história clara, directa, imparcial.
Sem parcimónias ficamos a saber que o conflito entre Israel e a Palestina, foi e continua a ser um dos confrontos mais azedos da história, sempre com consequências globais penetrantes e duradoiras. Ao mesmo tempo o autor, enriquecendo, a história e a memória, apresenta os pontos de vista dos antagonistas e demais intervenientes.
Um livro necessário e acessível. Um conflito infindável no Médio Oriente. Um relato conciso, fundamental no nosso tempo, que tem implicações internacionais de perigo incalculável.
É urgente ler este livro para compreender a dinâmica quase assassina da guerra em Gasa e na Cijordânia. E mais: hoje somos usurpados por uma multidão de comentadores sobre guerra(s) que proliferam, dia após dia. Já conto como muitas dezenas, nos diversos canais de televisão, quase todos peritos (dizem) em estratégia de guerra e geopolítica. Para muitos, o aparecimento nos ecrãs é a glória, a vitória na batalha.
Mas, caros leitores, nós é que muitas das vezes, somos supostamente enganados por uma descabelada ignorância que nos pode transmitir semelhante mal. Temos que ler outras fontes.
Diz Clara Ferreira Alves a propósito: “… subitamente, uma plêiade de académicos obscuros e especialistas em assuntos centrais da actualidade [acrescento eu, o número que se multiplica de majores-generais], o Médio Oriente, a guerra, os países de leste, a política russa, a chinesa, a americana, saíram das tocas e apareceram com tremendas convicções sobre um mundo no qual nunca puseram os pés.”
É bom encontrarmos livros como este, falam por mil destes comentadores.