A mal amada periferia continua a ser pouco cuidada apesar dos discursos políticos inflamados e permanentes. Com uma população envelhecida, fruto da deserção da juventude, que se vê sem futuro nesse território, observamos as aldeias quase desertas e silenciosas, embalando a sua beleza natural.
O nosso interior profundo esvanece e morre. Restam as jóias dos lugares, e a sua riqueza histórica e natural, que ainda não foi possível apagar. Foi com elas que se criaram redes de aldeias.
Uma dessas redes designa-se “aldeias do xisto”, integrando 27 aldeias e 20 concelhos, todos situados na região do Interior – Centro de Portugal, nomeadamente, no território que se localiza entre Castelo Branco e Coimbra.
Essas “aldeias do xisto”, belas e abraçadas a paisagens de sonho, “são consideradas um dos segredos mais bem guardados de Portugal”, estando certificadas como destino turístico Starlight.
Outra rede de terras que patenteiam riqueza e diversidade, seja do património natural, seja do património cultural, são as designadas “aldeias históricas”. Doze são os sítios que fazem parte dessa classificação, territórios com uma fauna e flora imperdíveis de observar e com uma envolvência que revela a riqueza e a diversidade patrimonial do edificado.
Muitas dessas povoações são, só por si, imperdíveis de visitar. Estão situadas na região centro de Portugal: Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Rodrigo, Castelo Novo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.
Quem não conhece estas terras? Conhece só uma! Duas!
Já passei por todas elas e recomendo a sua visita. Jamais as irá olvidar.
Caros leitores: disponham-se a fazer um roteiro completo ou, então, vão conhecer as que lhe faltam visitar.
Proponho, para tal, que optem, este ano, por «férias cá dentro». Constatarão, no final da tournée, que foi uma boa opção.
Boa viagem.