O Município de Soure está cada vez mais comprometido com as boas práticas ambientais. Defendendo um concelho “mais inteligente, mais inclusivo e mais sustentável”, a autarquia tem vindo a apostar em projetos inovadores que, como explicou o presidente, Mário Jorge Nunes, assentem nas práticas sustentáveis e amigas do ambiente.
O presidente de Soure deu a conhecer os muitos projetos que têm vindo a ser implementados ou que estão projetados para o concelho, alguns deles piloto, na segunda feira, numa cerimónia que contou com a presença do ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
O programa começou com a inauguração da ETAR da Vinha da Rainha, situada em Pedrógão do Pranto, na Freguesia de Vinha da Rainha, uma obra que representa um investimento de mais de um milhão de euros. Continuou com a inauguração de um novo Centro Ecológico, situado junto à Zona Industrial de Soure. Trata-se do 13.º do concelho destinado à deposição de diferentes tipos de resíduos que não devem ser colocados no lixo comum e complementando a rede de ecopontos existentes. Mário Jorge Nunes recordou que esta é um das várias ações que integra o projeto Recicla Soure, onde também se enquadram a aquisição de viatura para recolha seletiva, o projeto-piloto de compostagem e ações de educação e sensibilização, que representam um investimento de perto de 700 mil euros.
Durante a sessão, que decorreu no Multiusos de Soure, foram ainda apresentadas as obras concluídas e a lançar pelo Município e pela ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gandâra (empresa intermunicipal criada há cerca de um ano pelos municípios de Mira, Montemor-o-Velho e Soure), cujo valor global é superior a cinco milhões de euros.
Mário Jorge Nunes sublinhou a aposta que a Câmara de Soure tem vindo a fazer na sustentabilidade ambiental, destacando estes importantes investimentos que se integram na estratégia que está delineada para os próximos anos e que pretende, como até aqui, afirmar Soure como “um concelho mais inteligente, mais inclusivo e mais sustentável”, o que continuará a passar pelo desenvolvimento de áreas essenciais como o abastecimento de água, saneamento, reciclagem e defesa do ambiente. Segundo o plano apresentado, o Município prevê investir, até 2023, mais de 14 milhões de euros nesta área.
Em execução estão, para já, o projeto piloto de recolha seletiva porta a porta, o sistema municipal de recolha de biorresíduos e o estudo para a Rede Municipal de Biorresíduos.
Mário Jorge Nunes deu também conta de outros passos determinantes para a sustentabilidade ambiental do concelho e região, nomeadamente a concretização da plataforma rodo-ferroviária de Alfarelos-Granja do Ulmeiro, a construção do parque eólico e de parques fotovoltaicos (que se encontram em curso) e, na questão da mobilidade, a eletrificação da frota, PAMUS e conetividade e intermobilidade. Na reciclagem, destacou os 13 centros ecológicos que estão distribuídos pelo concelho, que se destinam aos mais diversos destinos (óleos, lâmpadas, pilhas, papel, vidro, monos, entre outros) e que têm permitido que a reciclagem aumente no concelho.
ABMG quer continuar a investir e a melhorar
Mário Jorge Nunes apresentou também o plano de investimentos da ABMG, empresa intermunicipal criada há um ano e que quer continuar a investir e a crescer, mantendo sempre os objetivos iniciais de “maximizar recursos, aumentar a qualidade da água e manter um preço justo para os munícipes”.
O plano prevê um investimento global, até 2023, superior a 21 milhões de euros, distribuídos pelos três concelhos – Mira mais de 6,5 milhões, Montemor-o-Velho mais de 5,4 milhões e Soure mais de 9,8 milhões.
No final da intervenção do autarca, o ministro Matos Fernandes realçou o facto de o Município de Soure “estar em todas” no que toca a candidaturas ao Fundo Ambiental e ao PO SEUR em termos de projetos ambientais, considerando que o investimento “em ambiente e sustentabilidade é o investimento certo para fazer crescer a economia da forma certa”.
Destacou também a riqueza desta região, servida pelo rio Mondego, e sublinhou que a riqueza depende da qualidade da água e da garantia do bom funcionamento dos sistemas, congratulando-se, por isso, pela inauguração da nova ETAR.
Sublinhou também a importância de agregar as populações, como acontece com a ABMG, representada também na sessão pelos presidentes das câmaras de Mira e Montemor-o-Velho, respetivamente Raul Almeida e Emílio Torrão.
O ministro considera que “todos percebem a importância que estes investimentos têm para a qualidade de vida, para a saúde e para os ecossistemas” e garantiu que “nunca mais” os fundos comunitários vão financiar candidaturas de municípios que não tenham uma cobertura dos seus custos de abastecimento de água e saneamento. Recordou que a política do Governo passa por “financiar e abrir essencialmente avisos para aqueles que são os municípios que estão agregados”, investimentos que, no seu entender, “valem a pena” e que ajudarão a “superar a crise económico-financeira em que hoje estamos, que vão criar emprego qualificado e que são fundamentais para o futuro deste território e do país”.