O Município de Soure apresentou três candidaturas ao concurso “7 Maravilhas de Portugal”, este ano dedicado à Cultura Popular. Na categoria “Lendas e Mitos”, a autarquia submeteu a “Lenda do Campo da Velha de Soure”, na categoria “Festas e Feiras” candidatou as seculares Festas de São Mateus e na categoria “Romarias e Procissões” apresentou a “Tradição do Ramo dos Pinhões da Festa do Divino Espírito Santo”.
A autarquia recorda que tem vindo a implementar “um conjunto de ações no sentido de contribuir para a descoberta da riqueza patrimonial do seu território”, nas quais se enquadram várias iniciativas dinamizadas pelo Posto de Turismo e pela Biblioteca Municipal. Estas candidaturas integram-se também nessa estratégia.
A “Lenda do Campo da Velha de Soure” está associada à construção do edifício dos Paços do Concelho, que relaciona factos históricos com alguma fantasia própria das histórias. Esta narrativa tem sido alvo de valorização municipal e, face à sua importância para a identidade concelhia, recentemente, o Município materializou a lenda através da edição de um livro infantil.
As tradicionais Festas de São Mateus dispensam apresentações, sendo um dos eventos mais importantes do concelho, que atrai todos os anos milhares de visitantes a Soure, promovendo também o reencontro festivo entre os sourenses. A autarquia candidatou-o, juntamente com a peregrinação à Capela do seu orago, procurando valorizar e potenciar esta que é, como sublinha, “uma das maiores romarias da região do Baixo-Mondego, Gândaras e norte da Estremadura”. Esta importância remota ao tempo da construção, no século XII, por Rício (São Rijo) de uma ermida, num local denominado como Monte de São Mateus, cuja origem pode ser comprovada na lápida da Capela.
A “Tradição do Ramo dos Pinhões da Festa do Divino Espírito Santo” é também um dos “ex-líbris” concelhios, que todos os anos tem lugar na localidade do Espírito Santo, na Freguesia de Soure. O ramo que dá nome à tradição é composto por mais de 300 mil pinhões, que enfeitam o andor e que sai à rua transportado pelos populares. São estes que, durante vários meses, se empenham, numa verdadeira azáfama, a apanhar pinhas e a juntar muitos, muitos pinhões. A população esforça por manter viva esta tradição tão antiga, que atrai à localidade largas centenas de visitantes.
“A participação do Município de Soure nesta iniciativa visa dar continuidade à sua estratégia de promoção do património, de valorização das suas tradições e ao investimento na vertente turística do território. Considerando a importância destas manifestações culturais, a Autarquia pretende potenciar o seu desenvolvimento social e cultural, apostando na sua afirmação e divulgação”, explica a Câmara Municipal.