Dormir o Sono Eterno, finalmente,
Quando ninguém já dá por nossa falta.
Subir à Dimensão Ignota e Alta,
Mais além do que as aves aos céus rente.
Como um velhinho que não está doente
E em frente ao espelho ainda se aperalta,
Mostrar ao Mundo vão que à corda salta
E diz catorze versos de repente.
Sair de cena, sem olhar p’ra trás,
Fechar a porta à Dor, devagarinho,
E esquecer os momentos enfadonhos.
Sentir na Imensidão profunda Paz,
Percorrer esse Fúlgido Caminho,
Rumo à Luz que existia antes dos sonhos!