O Movimento “Somos Coimbra” quer que as reuniões de Câmara sejam abertas aos cidadãos e transmitidas online. “Sem necessidade, o Partido Socialista suspendeu a participação dos cidadãos e dos jornalistas nas reuniões da Câmara Municipal de Coimbra durante o Estado de Emergência, impedindo a sua participação à distância, criando assim obstáculos ao normal exercício da democracia. Agora com o país em situação de calamidade, o que vai exigir ainda mais sentido de responsabilidade por parte de todos, continua a não haver razões para esta suspensão”,refere José Manuel Silva, líder do Movimento.
O “Somos Coimbra” propõe, assim, que a participação dos cidadãos e dos jornalistas seja “imediatamente retomada, embora por videoconferência e não presencialmente, dado ainda estarmos em situação de grande risco de recrudescência da pandemia Covid-19 e ser essencial manter o distanciamento social”.
Apesar de se viver uma situação excecional, considera que “é crucial que os munícipes continuem a ter oportunidade de intervir, ou pelo menos de acompanhar o debate, à semelhança do que acontecia antes do Estado de Emergência, em que as reuniões eram abertas ao público”. O Movimento dá como exemplo o caso do Município da Mealhada, que promove as intervenções dos munícipes por videoconferência. “Estamos numa altura em que é central acompanhar o desenvolvimento e envolver as pessoas, não afastá-las”, sublinha.
Considerando que é importante dar oportunidade de participação a toda a população, o “Somos Coimbra” propõe que as Juntas de Freguesia, nas suas próprias instalações, apoiem os seus fregueses que não tenham forma própria de participar/assistir por videoconferência. Caso alguma Junta de Freguesia não esteja dotada de equipamentos necessários para oferecer esse suporte, o Movimento propõe que seja a Câmara a proporcionar os equipamentos e o apoio técnico que lhes permita ultrapassar o problema.
“Lembramos e insistimos ainda na proposta do Movimento Somos Coimbra de transmissão direta das reuniões por via digital, à semelhança de outros municípios (exemplo Figueira da Foz), o que permite promover a transparência e o debate construtivo das questões autárquicas, para além de reforçar os próprios compromissos de governação e enriquecer a democracia”, realça.