O primeiro semestre de 2021 vai ser mais extenso e flexível na cidade de Coimbra. Depois da pandemia ter levado ao cancelamento de praticamente todos os eventos previstos para os primeiros três meses do ano, no âmbito do evento “Semestre Europeu – A Europa em Coimbra 2021”, este programa cultural pioneiro e inovador foi agora retomado, com um programa reforçado, uma vez que à programação inicial se juntam também os muitos eventos que, fruto das circunstâncias, tiveram que ser cancelados.
De acordo com a vereadora da Cultura da Câmara de Coimbra, Carina Gomes, nesta segunda fase, que vai de 19 de abril (dia em que reabriram ao público os espaços culturais) até finais de agosto, estão contemplados 52 eventos, dos quais 30 são iniciativas novas, nove vêm do primeiro trimestre e 13 não se puderam realizar, estando a ser agora reagendadas. Dos 36 eventos agendados para os três primeiros meses, de janeiro a março, apenas foram realizados quatro, tendo sido reagendados 30 e cancelados dois, adiantou.
Carina Gomes frisa que foi feito “um esforço para reagendar o máximo destes espetáculos”, daí que se anteveja agora um “segundo trimestre com uma programação muito intensa, mais aberta à Europa mas que integra também a programação regular da cidade”.
Vai ser, por isso, um “semestre flexível” em termos temporais, que se estenderá pelo menos até agosto. “Vamos ter muita cultura”, sublinha, enaltecendo a qualidade dos eventos e deste programa que “honra Coimbra, que mostra a vitalidade e a pujança cultural desta cidade” mas que evidencia também “a seriedade e a responsabilidade” com que a Câmara e o Grupo de Trabalho responsável pela candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027 estão a “desenhar esta candidatura e o empenho que estão a depositar nela”.
Promovido pela autarquia e coordenado por este Grupo de Trabalho, este “Semestre Europeu – A Europa em Coimbra 2021” arrancou em janeiro, tendo como intuito celebrar a Europa durante a presidência portuguesa da União Europeia (UE). Desde o início que contou com o envolvimento e parceria das várias embaixadas, procurando celebrar a “multiplicidade das culturas dos países que integram a UE”.
Teatro, cinema, oficinas, música, dança, conferências, apresentações de livros, exposições, instalações, novo circo e circo contemporâneo são algumas das propostas que o Convento São Francisco apresenta. Este espaço cultural, que comemorou recentemente cinco anos, reabriu ontem ao público com um espetáculo de João Mortágua e Luís Figueiredo e com a apresentação do livro “1825 dias no Convento”, com fotografias de João Duarte.
Em maio regressa o ciclo de conferências Café Curto, com nove sessões às terças feiras, às 19h00, que contarão com a participação de músicos com forte ligação à cidade. Também nesse mês, no dia 21, destaque para a apresentação de Eunice Muñoz com o espetáculo “A margem do tempo”.
No âmbito da programação dedicada à Europa, destaque para alguns nomes que vão passar por Coimbra, como o trio do Chipre Monsieur Doumani, a cantora grega Savina Yannatou, o malabarista sueco Jay Gilligan, o acordeonista finlandês Kimmo Pohjonen ou o pianista dinamarquês Jesper Hedegard.
Durante este período, o Convento São Francisco acolherá, ainda, espetáculos do Ciclo Requiem Coimbra, do Abril Dança e do Ciclo de Concertos de Coimbra.
Estes são alguns dos destaques da programação que foi apresentada na segunda feira, numa cerimónia que decorreu no Grande Auditório e que contou ainda com a participação de António Pedro Pita, do Grupo de Trabalho da candidatura, e de Isabel Worm, consulta da programação do Convento.