Cerca de 45 iniciativas integram o programa da XXIV edição da Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC), que vai decorrer de 1 a 15 de março. Inspirada no tema “O tempo”, aposta num “programa transversal e eclético”, que pretende chegar a todos os públicos.
Foi precisamente esta diversidade que destacou o vice-reitor da UC, Delfim Leão, durante a apresentação da Semana Cultural. Lembrou os tempos difíceis vividos nos últimos tempos devido à pandemia, o que levou a que a última edição tenha decorrido exclusivamente online, e considera que é agora “tempo de fazer a avaliação do que passou, do presente e de projetar o futuro”. Assume que “não podemos passar por esta experiência da pandemia e ficarmos iguais”, justificando a escolha do tema com “a esperança de começar a deixar para trás a pandemia”.
Para o vice-reitor, o programa da Semana Cultural “espelha a vontade das pessoas de voltar ao contacto”. Trata-se, no seu entender, de “um programa eclético, em que cada um poderá escolher os trajetos que quer seguir”, que inclui eventos para todas as idades.
Os vários eventos vão ter como palco os diversos espaços da Universidade mas também de toda a cidade. A nível de grupos participantes, conta com a participação dos grupos da Academia mas também da cidade e internacionais. Desta forma pretende, como destaca Delfim Leão, permitir o “diálogo global entre gerações” e mostrar que “a Universidade não está fechada sobre si mesma”.
A Semana Cultural começa na segunda feira, 1 de março, dia em que a UC celebra 732 anos, e prolonga-se até dia 15. No total, o programa integra 35 eventos, ligados a várias áreas, como música, teatro e exposições. A estes juntam-se ainda mais cerca de uma dezena de eventos convergentes.
Do vasto programa, o vice-reitor destacou os eventos que evocam as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, país que tão representado está em Portugal, na cidade e, em particular, na UC. Esta “homenagem à lusofonia” inclui também as comemorações dos 20 anos de Timor Leste e, ainda, a homenagem ao jornalista britânico Max Stahl (falecido em outubro), que, em 1991, filmou o massacre no cemitério de Santa Cruz, em Díli, que mudou o percurso da luta pela independência. A homenagem integra uma exposição de fotografias, que é inaugurada na quarta feira, às 18h00, no Atelier a Fábrica – Centro Cultural de Coimbra. De referir que a UC alberga o arquivo do Centro Audiovisual Max Stahl de Timor-Leste, fruto de uma parceria estabelecida em 2016.
Destaque ainda para o espetáculo multimédia “O tempo não para! Brasil 200 anos”, marcado para dia 11, às 19h00, no claustro do Colégio das Artes, evento que contará com a participação de artistas brasileiros. No mesmo dia, às 21h30, a Praça 8 de Maio acolhe a “XXX Festuna – Noite de Serenatas”.
A Orquestra Académica da UC tem um lugar de destaque nesta programação, ao participar no concerto de abertura, na terça feira, às 21h30, no Teatro Académico Gil Vicente. Vai protagonizar também o espetáculo de encerramento, que contará ainda com a participação da cantora portuguesa Lara Martins, que estudou na UC e conta com uma carreira internacional de sucesso.
Toda a programação da Semana Cultural da Universidade de Coimbra está disponível no site da UC, em https://www.uc.pt/semanacultural.