29 de Abril de 2025 | Coimbra
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Sansão Coelho

SALVADOR ALVES DIAS, JORNALISTA DE TURISMO

11 de Abril 2025

Fiquei surpreendido e, obviamente, muito triste, com o falecimento recente do jornalista e amigo SALVADOR ALVES DIAS. Para alguns dos leitores o nome pode não ser familiar, mas digo-vos que o Salvador foi muito importante na promoção e divulgação turística do nosso país. Foi realizador e apresentador do primeiro programa de turismo na rádio portuguesa na então Rádio Comercial que estava na época abrangida pelo serviço público. O programa tinha por título CONTA-CORRENTE. Salvador foi ainda fundador e, durante vários anos presidente, da Associação de Jornalistas Portugueses de Turismo.  Esteve, igualmente, como dinamizador da European Travel Press – Associação Europeia dos jornalistas de turismo e da Federation Européenne des Associations de Journalistes du Tourisme. Atualmente estava à frente do news4travel.com vocacionado para a América. Fomos companheiros na Antena 1 e, antes disso, na rádio militar, em Angola. Em jeito de homenagem conto aos leitores que recordo ter sorvido com o Salvador, em Luanda, o primeiro número do jornal Expresso. Foi o meu amigo quem recebeu o jornal enviado pelo Fernando Balsinha. O primeiro número do Expresso saiu a 6 de janeiro de 1973 e constituiu para nós uma novidade. O jornal foi uma publicação inovadora feita por alguns nomes progressistas da época. Algo estava a mudar na imprensa portuguesa e no país. Nós, radialistas militares, lá longe, ainda em período colonial, regozijámo-nos com a nova publicação que indiciava novos tempos.  Quase sempre, ao falar ao telefone com o Salvador, lhe lembrava este episódio.

 

ORA BOLAS!

Vi, há dias, um comentário nas redes sociais com queixas para uma alegada falta de condições para os jovens atletas da Briosa. Referiam-se a uma bola que estaria depauperada. Nunca fiando no que lemos nas redes sociais, mas admitindo ser verdade, e não sei a qual das duas Académicas do Futebol se referiam (a Secção de Futebol ou Organismo Autónomo) pasmo com o à vontade com que se fazem estes comentários. Sabemos que a Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (AAC) luta para gerir um orçamento magro em relação às necessidades e, segundo consta, na Académica/Organismo Autónomo de Futebol as dores de cabeça serão grandes porque também faltam verbas para conseguirem mais e melhores êxitos. A Direção Geral da AAC coloca muitas das suas secções e organismos autónomos ao serviço da cidade e dos seus cidadãos. É claro que serão priorizados os estudantes, mas que ninguém duvide do fabuloso contributo que a AAC dá aos conimbricenses e muitas vezes isto não é reconhecido. Quanto ao futebol profissional da Académica/OAF por certo que a cidade reconhece o quão importante seria ter um clube na primeira liga, mas os tempos atuais são diferentes dos de outrora, em especial os dos anos 60 início de 70 em que grandes atletas vieram para a Briosa a custo zero porque vinham com o propósito de estudar. Hoje, a profissionalização é imprescindível, embora seja giro se tivermos atletas-estudantes de elevada qualidade. Porém, não se conseguem fazer omeletes sem ovos. Isto é: os conimbricenses e antigos estudantes espalhados pelo país contribuem financeiramente para a Académica/OAF ter um plantel de grande classe? Contribuem? Admito haver um grupo que ajude, além dos sócios a pagarem as suas quotas, mas o importante é fazer entrar dinheiro nos cofres das Académicas para posteriormente podermos exigir mais e que haja bolas em boas condições. Se não contribuirmos nada se pode esperar de muito positivo a não ser dizermos, ORA BOLAS! Como sabem ORA BOLAS expressa, informalmente, espanto, desagrado, protesto ou até irritação.


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