22 de Abril de 2025 | Coimbra
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Ricardo Lopes quer um iParque mais funcional e sustentável

13 de Maio 2022

O novo Conselho de Administração do Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia e Saúde de Coimbra, denominado de iParque, foi nomeado no passado dia 5 de maio e tem como presidente Ricardo Lopes, um empresário ligado a empresas de índole familiar.

Após a chegada à administração do iParque, Ricardo Lopes pretende, junto com a sua equipa, começar por diagnosticar “onde estão e perceber para onde podem ir, apesar de já existir uma perspetiva de caminho que querem seguir”, explica. Sendo que o processo de transição de pastas ainda está a decorrer, neste momento a prioridade do novo Conselho é “perceber quais são os problemas e tentar seguir em frente com a instalação e fixação de novas empresas mantendo, também, as que já existem com objetivo maior de ajudar ao desenvolvimento económico e criar emprego em Coimbra”, confidencia.
Numa primeira fase de perceção do que “ainda há para fazer e relativamente ao que é possível fazer, querem começar por ouvir toda a comunidade do iParque, desde os colaboradores e empresas instaladas às que já adquiriram lotes e ainda não se fixaram e, também, auscultar todas as empresas de referência em Coimbra nas áreas de missão do iParque, nomeadamente nas áreas da Tecnologia e Saúde”, refere, o novo presidente.

Principais objetivos do novo Conselho de Administração

O iParque tem previstas três fases desde o início do projeto sendo que a segunda fase (A) já está em curso com sete novos lotes, dos quais dois já estão reservados ou comprados. O anterior Conselho de Administração previa que esta fase de loteamento estivesse concluída até ao final do ano. Está prevista uma segunda fase (B) e ainda uma terceira, o que leva Ricardo Lopes a afirmar que “ainda há muito para desenvolver”.

Apesar da ocupação significativa, com o anúncio de grande parte dos lotes adquiridos ou reservados, o novo presidente do iParque demonstra alguma preocupação por existirem “empresas da primeira fase que ainda não construíram e não demonstram vontade ou capacidade de construir, seja porque apresentam dificuldades ou porque definiram novas prioridades”. Outra preocupação é a possibilidade de se desvirtuar a missão deste Parque Tecnológico. Ricardo Lopes confessa ao Despertar que “é preciso assegurar que se cumpre a ligação das empresas a instalar com as áreas fundamentais que levaram à criação do iParque”.

A boa relação e articulação com a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) – o maior acionista do iParque com mais de 90 por cento -, é um dos focos deste novo Conselho de Administração. O atual presidente considera que “é fundamental que a estratégia do iParque esteja alinhada com a da CMC e que esteja integrada com a dinamização dos outros Parques Industriais existentes em Coimbra como o de Eiras e o de Taveiro”. Destaca ainda a importância de articular o iParque com o Instituto Pedro Nunes (IPN), na medida em que “o IPN, para além de acionista, tem um papel fundamental no desenvolvimento de projetos tecnológicos em início de atividade que podem transferir-se, numa fase seguinte, para o iParque”. Considera que “esta relação pode ser bidirecional, com spinoffs que surjam de empresas instaladas no iParque a incubar-se no IPN”.

Apresenta, ao Despertar, como um dos objetivos mais antigos e mais ambicionados a criação do Edifício Tesla, um edifício de aceleração de empresas, um edifício “para incubar empresas já com alguma dimensão e que já estejam num processo avançado da sua atividade e numa altura de aceleração de negócio, de forma a serem acompanhadas para uma terceira fase de instalação e fixação no iParque – assim, um edifício complementar e nunca concorrente à aceleração no IPN”, refere Ricardo Lopes.

“O objetivo final, e não menos importante, além da importância da ocupação de todos os lotes, é a criação de novas oportunidades de emprego tanto para os jovens como para os mais velhos e nos diferentes níveis de qualificações profissionais – quer sejam de nível superior ou com mais baixas habilitações”, remata.

Projetos ou investimentos próximos

Além do investimento que já está a ser realizado na segunda fase (A), e da captação de novas empresas para o Parque Tecnológico, o que vem no seu seguimento trata-se da conquista do apoio para conseguir avançar com a construção do edifício Tesla, que é uma prioridade, devido à sua antiga programação.

Quanto a outras prioridades, Ricardo Lopes confessa que “a segurança é um dos problemas maiores no iParque”, dando exemplo das corridas noturnas que ocorriam no Polo II e que agora se transferiram para o iParque, e de outro tipo de delinquência que existe e que tem de ser resolvido o quanto antes.

Outra situação a merecer a atenção do novo Conselho de Administração são os espaços verdes que “têm que ser mais bem tratados porque quem vai ao iParque fica mal impressionado – é preciso garantir que os espaços verdes são cuidados e que há quem seja capaz de assumir essa competência, seja a Câmara, a União de Freguesias ou o próprio iParque”, explica o empresário.

Novo Conselho de Administração

 O novo Conselho de Administração é constituído por uma equipa de três membros: um dos vogais, João Dória, é formado em Gestão e assumirá os dossiers financeiro, dos recursos humanos e jurídico do iParque; a outra vogal, Catarina Esteves, é Engenheira Civil e acompanhará as infraestruturas, obras e manutenções no Parque Tecnológico; o presidente, Ricardo Lopes, é formado em Comunicação e terá responsabilidades nas áreas do Marketing, TIC, representação e gestão geral.

“Pode-se esperar muito trabalho desta equipa e vamos fazer o possível para que tudo seja funcional e produza resultados o mais rapidamente possível, trabalhando todas as áreas que estejam mais deficitárias e que permitam ao iParque e a Coimbra um desenvolvimento sustentável”, finaliza Ricardo Lopes.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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