A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC) está a executar um projeto de gestão de combustíveis em 632 hectares de floresta, abrangendo cinco municípios, com o objetivo de reduzir o risco de incêndios florestais. O projeto, apresentado em Pudentes, Penela, representa um investimento de quase 800 mil euros, financiado pelo Plano de Desenvolvimento Rural (PDR).
As intervenções decorrem nos concelhos de Góis, Oliveira do Hospital, Penela, Lousã e Condeixa-a-Nova, identificados como zonas de “elevada suscetibilidade a incêndios florestais”, sendo os três últimos considerados com maior áreas de intervenção, com mais de 150 hectares associados ao projeto. As ações incluem controlo de vegetação espontânea, redução da densidade florestal, podas, desramações e fogo controlado. A iniciativa teve início em janeiro e prolonga-se até junho.
Segundo Jorge Brito, secretário executivo da CIMRC, o projeto não só aumenta a resiliência da floresta, mas também o seu potencial produtivo, promovendo o valor económico das áreas florestais. “É fundamental que a floresta deixe de ser um passivo e passe a ser um ativo na criação de valor”, afirmou.
O presidente da Câmara de Penela, Eduardo Santos, reforçou a importância da cooperação intermunicipal para a eficácia da iniciativa, destacando que “este trabalho em rede é essencial para preparar o território para o Verão que se avizinha”.
O diretor regional do ICNF, Paulo Farinha Luís, sublinhou a necessidade de garantir que projetos como este gerem valor e restabeleçam o potencial produtivo da floresta. “Qualquer intervenção florestal que não crie valor não será nunca um projeto bem-sucedido”, enfatizou.
Já a vice-presidente da CIMRC, Helena Teodósio, destacou a aposta contínua na prevenção, referindo que a CIMRC tem investido fortemente na proteção contra incêndios, com três projetos recentes que envolvem um financiamento global de três milhões de euros. Entre as medidas em curso, estão iniciativas como a recolha de biomassa e a criação de áreas que assegurem a alimentação das abelhas, promovendo um equilíbrio ecológico essencial para a sustentabilidade da floresta.