19 de Junho de 2025 | Coimbra
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Sansão Coelho

RECUPERAR A BAIXA

20 de Setembro 2024

CALÇADA COM TRÂNSITO E NÃO FECHEM A ESTAÇÃO NOVA

O saudoso SENHOR CÂNDIDO CARVALHO, foi uma referência e antigo proprietário da LOJA DAS MEIAS na Baixa da cidade (rua Ferreira Borges), uma loja agora superiormente orientada por seu filho, LUÍS FILIPE CARVALHO, (e esposa, Maria João). Luís Filipe é um autêntico cavalheiro na arte de bem receber e na arte de bem se vestir e vestir bem conimbricenses. Cândido Carvalho, o pai, diversas vezes nos disse que a solução para salvar a BAIXA passava por voltar a permitir ALGUMA CIRCULAÇÃO AUTOMÓVEL NA CALÇADA (Ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz). Julgo que há mais comerciantes a terem a mesma opinião. A CALÇADA movimentada podia ainda repercutir aumento de pessoas nas ruelas adjacentes e históricas da BAIXINHA como rua dos Sapateiros, rua do Corvo, rua Adelino Veiga e Praça do Comércio. Fazer compras e transportá-las para fora daquela zona não é fácil. Compreendo que as esplanadas de cafés, pastelarias, cervejarias e restaurantes ganharam (e bem) espaço para receberem os seus clientes ao ar livre, mas é pouco e não prejudicam o regresso de alguns automóveis à Baixa. Continuamos a dizer ALGUNS pois também não será oportuno franquear totalmente a circulação. Por exemplo: em algumas horas podia haver circulação automóvel aberta a quem fizesse compras nesse dia e tivesse um ticket para circular. Acontece que se perderam, entretanto, algumas boas casas comerciais da Baixa e seria necessário conseguir ter ali certas lojas-âncora, mais marcas de referência que ajudassem a uma revitalização da zona. A última machadada vai acontecer no final do ano pois teimam em encerrar a ESTAÇÃO DA CP de COIMBRA-A, a ESTAÇÃO NOVA, e fecharem o itinerário ferroviário Coimbra A – Coimbra B, o qual, posteriormente, penso, será servido pelos autocarros do metrobus. Não é a mesma coisa e deviam manter a ferrovia e, em paralelo, essa suposta carreira de autocarros elétricos entre as duas estações (ou da Portagem até Coimbra B) pois há passageiros que entram e saem em Coimbra-A provenientes, por exemplo, da Figueira e doutros destinos, os quais, atualmente, não mudam de composição e vão em breve ter que utilizar dois serviços e ouso admitir que passem a ir diretamente para Coimbra-B o que implica nova ação de ESVAZIAMENTO da BAIXA DE COIMBRA. Presumo que serei contestado por vários leitores nesta minha posição, mas custa-me ver o TRÁGICO ESVAZIAMENTO DA BAIXA quase só apelativa para turistas que em Coimbra, infelizmente, são TURISTAS DE PASSAGEM que se limitam a uns recuerdos e, no máximo, a uma pernoita. Este jornal O DESPERTAR, defensor dos interesses de Coimbra tem dedicado muitas páginas à Baixa e tem publicado pontos de vista de residentes, de vários comerciantes e de outras cidadãos a operarem nesta zona. Penso que a Direção do jornal nos autoriza a dizer que O DESPERTAR, nado ali para os lados do Pátio da Inquisição, é um pilar da BAIXA COIMBRÃ. Em tempos, como fiz hoje no início deste texto, citei neste jornal  em crónica em defesa da Baixa, o saudoso proprietário da Loja das Meias, pois achei que a sua experiência diária lhe conferiu alto estatuto para opinar sobre a Baixa. Há diversas personalidades a contrariarem o encerramento da estação de Coimbra-A, mas, infelizmente, não lhes dão ouvidos. Parece que houve um interesse especial em destruir o ramal da Lousã, sem consulta aos cidadãos, mas ainda faltava esta pontinha, esta ligação a Coimbra-B. Vai ser agora, e de nada vale gastarmos palavras a pedir que não fechem a ESTAÇÃO NOVA.É triste ver a Baixa a sangrar no seu doloroso esvaziamento.


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