Um grupo de cerca de 20 beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) de Vila Nova de Poiares apresentaram, na reunião de Câmara, o projeto de inovação social “Horta do Coração”, dando conta do trabalho de aquisição de competências sociais e familiares que têm vindo a receber no âmbito do projeto “Voltámos à Casa da Luísa… agora com o Luís”, gerido pela APPACDM e promovido pelos parceiros no âmbito do Núcleo Local de Inserção.
Este projeto, para além de trabalhar as ‘soft skills’ dos beneficiários e família, potencia as competências pessoais, sociais, familiares e profissionais dos beneficiários, promovendo também sessões sobre vários temas, como violência doméstica, alcoolismo, saúde do homem e da mulher, organização habitacional e gestão doméstica, igualdade de oportunidades e de género, perigos habitacionais e das redes sociais, entre outras.
Uma das inovações deste programa reside no objetivo da integração dos beneficiários em mercado de trabalho e, sobretudo, a autonomia e valorização pessoal, social e profissional. O projeto, na sua primeira edição, com 11 módulos mais teóricos, teve início em janeiro de 2020 e termina com um sub-projeto, mais prático e interligado com os sub-projetos das outras duas edições, o qual foi denominado a “Horta do Coração”. No âmbito deste projeto, os envolvidos pretendem desenvolver a produção de produtos hortícolas biológicos, tendo já em vista, nas próximas edições, a criação da “Loja do Coração” procurando que, esta ideia de negócio, impactante a nível social, seja verdadeiramente autossustentável.
“É extraordinária a capacidade de trabalho e de dinâmica que as pessoas conseguem desenvolver quando sentem que acreditam nelas”, explicou o presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, referindo ainda que “é este tipo de projetos que o Município gosta de apoiar, promovendo a inclusão social e apostando na maior riqueza de um concelho, a matéria humana e a capacidade de desenvolver competências sociais geradoras de felicidade e bem-estar”.
Refira-se que o projeto intitulado “Voltámos à Casa da Luísa… agora com o Luís”, foi alvo de candidatura a nível nacional, no âmbito do Portugal Inovação Social, tendo sido aprovada para três anos.