29 de Abril de 2025 | Coimbra
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Programa “Explorastórias” estende-se ao Museu da Ciência da UC

11 de Abril 2025

A partir deste mês, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC) abre portas ao programa “Explorastórias”. O projeto permite que crianças e famílias explorem a ciência que se esconde nas páginas dos livros, dando-lhes a oportunidade de embarcar em novas experiências e aventuras. As sessões realizam-se no primeiro domingo de cada mês, sendo que a primeira decorreu, a 6 de abril, e analisou a obra “Barriga da Baleia”, de António Jorge Gonçalves.

“Vamos sempre partir de uma história e, de seguida, fazemos um conjunto de atividades de exploração científica”, conta Catarina Reis, responsável pelo programa “Explorastórias”, em declarações ao “O Despertar”. Uma metodologia semelhante àquela que é utilizada pelo UC Exploratório – Centro de Ciência Viva da Universidade de Coimbra, local onde o projeto teve início.

“O atual diretor do UC Exploratório [Paulo Trincão] é também o diretor do Museu da Ciência da UC. Nesse sentido, temos desenvolvido algumas parcerias porque, de facto, o tipo de atividades de ciência que se fazem num museu expositivo, – e com espólio muito antigo -, é completamente distinto do que se faz num centro de ciência moderno e interativo”, explica.

Deste modo, as duas instituições complementam-se. “Acho que faz sentido para todos os contextos: para dar a conhecer o museu e alguns espaços que, neste momento, estão em reestruturação e não têm acesso completamente aberto ao público; e há também a mais-valia das duas instituições funcionarem com o mesmo objetivo de promover a ciência, a literacia científica e a literatura infantil”, acrescenta.

 

Programa foi adaptado

À semelhança do que acontece no UC Exploratório, as sessões do programa “Explorastórias” no Museu da Ciência são dirigidas a crianças entre os 3 e os 9 anos, bem como às respetivas famílias. No entanto, a metodologia sofreu algumas adaptações. Em causa está o facto dos participantes nem sempre conseguirem acompanhar todos os livros que são explorados.

Assim, no caso do UC Exploratório, “decidimos estender a análise a cada livro e a cada temática científica por dois meses, e continuamos a ter casa cheia. Há uma procura maior e, agora, as famílias têm mais oportunidades de datas para conseguir frequentar este programa”, salienta Catarina Reis.

Por sua vez, no Museu da Ciência, “vamos manter a história durante três meses”. Deste modo, quem perdeu a sessão de abril da obra “Barriga da Baleia”, de António Jorge Gonçalves, pode ainda inscrever-se para a sessão de 4 de maio ou 1 de junho. Os horários são sempre os mesmos: entre as 10h15 e as 11h15; e entre as 11h45 e as 12h45. “A história é contada na emblemática Sala do Mar, dentro do esqueleto de uma baleia de grandes dimensões”, adianta a responsável, com a certeza de que esta ação possibilita que as famílias se sintam envolvidas no enredo.

 

Vantagens do cartão de fidelização

Instalado no Laboratório Chimico da UC, o Museu da Ciência detém o mais antigo núcleo museológico português de história natural e instrumentos científicos. O espaço tem como propósito “constituir-se como um centro de referência inclusivo de difusão da cultura científica e tecnológica e como um museu moderno e atual”. A parceria com o programa “Explorastórias” é um dos resultados dessa vontade.

Com a ambição de atrair novos públicos, o cartão de fidelização do Explorastórias utilizado, até então, no UC Exploratório também se vai estender ao museu. “Este é destinado a quem quiser frequentar as atividades em qualquer um dos espaços ou a quem optar por ir alternando as sessões”, esclarece Catarina Reis. A vantagem da utilização deste cartão é simples: ao fim da participação em seis sessões, a sétima é gratuita.

E se no UC – Exploratório não são necessárias inscrições prévias, no Museu da Ciência o caso muda de figura, por conta do espaço disponível. Os interessados necessitam de se inscrever através de um link disponível na página da internet do museu. Confirmada a presença, o átrio do Colégio de Jesus é o ponto de encontro de cada sessão. Neste mês de abril não faltaram exploradores e o primeiro domingo de maio (4) já conta com inscrições de várias famílias.

Desde a sua génese, em 2015, o programa “Explorastórias” já realizou mais de 600 sessões. Atualmente, a parceria com o Museu da Ciência promete contribuir para aumentar significativamente este número. A longo prazo, Catarina Reis não descarta a hipótese do projeto chegar a outros espaços da cidade. “Existem locais, a começar pelo Jardim Botânico, que possibilitam que livros específicos possam ser explorados. (…) Pode ser que, em breve, surjam mais novidades”, remata.

 


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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