Alda Belo é das pintoras desta Coimbra, do país, que não tem o amargo dos frustrados e pinta sempre mesmo no envelhecimento fisiológico e transmite com paixão na sua humanidade lapidar inerente às filosofias estéticas da sua cultura e do seu credo universal.
Já há muito que esta artista nos habituou a certames de gabarito no século XX, de grande sucesso na velha galeria Império, à Rua da Sofia, que mereceu o interesse do público e da crítica pela divulgação da beleza formal, na procura do conteúdo, na atividade conhecitiva onde a figura ganhou em tempos outras matizes diferenciais e a pintora notável voltou-se para o telúrico e o panteísmo, para o húmus da terra, para o urbano e onde o rural não foi o desvio fantasioso mas o amor que esta artista tem pela terra lusa dos seus encantos, que sobressai nos seus simbolismos naquela documentação abundante que o traço da artista insigne fixa, modifica, transforma num fulgor que nos faz ainda agora, e sempre, pasmar pela segurança fantástica do desenho.
A sua pintura é vida. Mexe com a gente.
Respiramos beleza e faz-nos lembrar poesia, amor, alegria, sentimento, a secreta inspiração dum amor de mulher, que nós desejássemos, tal a sedução de bem-aventurança nos transmite as telas desta pintora.
Alda Belo, Pinho Dinis, Mário Silva, Cunha Rocha, António Costa, Luís Pimentel, Manuel Oliveira, Tehsa, Helena Toscano, Sílvia Monteiro, Isabel Zamith, Lucinda Oliveira, João Morais, Penicheiro, Pedro Olaio (Filho), Vítor Ramos e outros, marcaram as exposições de pintura em Coimbra, quer na antiga galeria do Primeiro de Janeiro e quer no Chiado.
Com mágoa notamos a sua frágil saúde!