4 de Outubro de 2024 | Coimbra
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Martinho

POR TERRAS DE BASTO – CABECEIRAS DE BASTO

27 de Setembro 2024

O município, cavado entre as serras da Cabreira e do Marão, nas margens do Tâmega, é dos mais imemorados concelhos do Minho que soube proteger a imponente paisagem partilhada com Trás-os-Montes.

A sua história esfuma-se nos tempos, patente no achamento arqueológico de vestígios castrenses, dolménicos, ruínas do Mosteiro de Stª. Comba, vestais, cerâmica, inscrições, estátuas de guerreiros, moedas de prata e de bronze, cunhadas com as efígies de Augusto, Galliano e Constantino.

O Basto”, em jeito de estátua de guerreiro, cujo pedestal é o resguardo de um pontão, na Praça da República, homenageia um herói lusitano, personificando a “raça das gentes”, a sua alma e as suas tradições, criando a lenda com a qual o povo explica o topónimo da região. Outra lenda atribui-lhe, eufemisticamente, a insígnia de “Até aqui Basto eu…” (senhor das Terras de Basto).

Para mim, com o devido e sincero respeito pelo que ela representa para os seus patrícios, a estátua esculpida na pedra granítica, com o seu nome gravado, configura um “mamarracho”, muito mal preservado da erosão, que só pela sua história e simbolismo se compreende a sua perenidade, pelo que aqui lhe faço vénia.

Não sendo unânime a etimologia da toponímia, terão sido os Bastos andaluzes que, ao dobraram estas paragens, levantaram uma cidade, denominada “Basto” que os árabes (711) arrasaram por vandalismo, como era a sua vocação.

Sendo uma povoação deveras remota, os seus “filhos” não descoraram a sua enorme prosperidade, simbolizada no Mosteiro de S. Miguel de Refojos, o mais rico das cercanias do Minho, mas só em 1514 foi elevada a concelho por foral do rei Venturoso. (Cfr. Foto anexa).

Foi terreiro de anunciada peregrinação, durante a Idade Média, a ela se cometendo nomes de Santos, nobres e guerreiros: Santa Senhorinha de Basto, D. Pedro e D. Inês de Castro, D. Nuno Álvares Pereira que ali se casou em 1376. Teve ainda o privilégio de ser visitada por nomes de vulto literário: Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Camilo Castelo Branco, com várias obras a si alusivas.

Do edificado, destaco: O Mosteiro de Refojos e Pelourinho das Pereiras, Casa da Caldeira, Igreja de Stª. Senhorinha, Ponte de Cavez, Casa do Barão, etc.

O município constitui assim um marco importante, cobiçado por povos durante o século XIII, com elevada importância etnográfica e paisagística, resistindo ao tempo da fixação medieval. (Wikipédia).


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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