Os municípios de Penela e Soure integram o projeto europeu “ROSIA – Serviço de reabilitação remota para áreas isoladas”, que representa 12 parceiros em cinco países. Financiado pela União Europeia com um montante de 5,5 milhões de euros, este projeto, lançado na semana passada, vai prestar um serviço abrangente aos doentes que necessitam de reabilitação, através de tecnologia de ponta, novos caminhos de cuidado e apoio comunitário.
No lançamento, que decorreu online, cerca de 30 participantes partilharam as suas opiniões sobre o significado que este projeto terá na melhoria dos sistemas de saúde e de cuidados nas suas respetivas regiões. A presidente, Sandra García (do Instituto Aragonés de Ciencias de la Salud, IACS), destacou o seu pioneirismo, uma vez que atualmente não existe “um sistema público de cuidados de saúde que tenha implementado uma reabilitação de autogestão apoiada em grande escala e facilitada por tecnologia de ponta”.
“A nossa abordagem inovadora de co-desenho e desenvolvimento do modelo e vias integradas de tele-reabilitação, assegurará que o ROSIA promova a equidade na prestação de serviços sociais e de cuidados de saúde em toda a Europa”, explicou, realçando que os sistemas de saúde e de cuidados na Europa enfrentam o desafio combinado de uma procura crescente, devido ao incremento de pessoas com condições crónicas e de recursos limitados. Esta situação é ainda mais evidente em áreas despovoadas, onde existe frequentemente uma elevada concentração de idosos, pessoas que têm que percorrer longas distâncias para aceder a alguns cuidados de saúde.
Com duração até agosto de 2025, o ROSIA vai concentrar-se inicialmente em sete patologias – lesão crónica da medula espinal, lesão cerebral adquirida, pneumologia, artroplastia, doença cardio-vascular, fractura da anca e covid.
Os municípios de Penela e de Soure estão envolvidos no apoio às atividades dos testes piloto no terreno, de forma a facilitar o apoio local à gestão, operação e intermediando as atividades de experimentação com os utentes.