21 de Janeiro de 2025 | Coimbra
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CLARA LUXO CORREIA

… os mais lindos lugares do (meu) mundo!

6 de Dezembro 2024

Uma vida vivida a diário… comecei a escrever o meu diário quando tinha 12 anos. Na verdade, comecei um pouco antes, mas de uma forma desordenada e da qual guardo poucos registos. Hoje dá-me um gozo (muito) especial pegar nos primeiros caderninhos, aqueles que eram acolchoados e que tinham uma chave, e lê-los. Ao longo de todos estes anos os cadernos foram mudando e merece especial destaque a fase d’ O Livro em Branco (Publicações Europa América). Este livro é muito giro porque tem o aspeto de um livro publicado, e na capa pode ler-se: “Para escritores, jornalistas, artistas, actores, políticos, amantes, poetas, técnicos, estudantes, desenhadores, turistas, decoradores, engenheiros, homens de negócios, viajantes, secretárias, para oferecer… e para todos aqueles que sempre desejaram escrever um livro”. Cá por casa ainda tenho um Livro em Branco – 13ª edição Revista, Ampliada e Comentada, que continua à espera das primeiras palavras.

Uma vida desenhada a diário… a minha vida é desenhada a partir do que leio e do que escrevo. Nos meus diários registo muitas das palavras que leio e que tocam bem lá no fundo do meu coraçãozito… no meu diário registo (muitas) coisas que vivo e ali também se podem encontrar memórias de viagens e de espetáculos (musicais e outros) … no meu diário encontro muitos quilómetros percorridos pelos meus mundos: Podentes, Lograssol, Penela, Luso, Coimbra, Lisboa e Barcelona.

Uma vida saboreada a diário… o momento em que escrevo no diário é sempre um momento muito bonito e tranquilo do meu dia. Normalmente escrevo ao final do dia, na minha mesinha multiusos. Pode acontecer a TV estar ligada, mas eu não lhe estou a ligar… Ao fim-de-semana a escrita é mais saboreada. Quando estou em Lisboa gosto de escrever no café do meu bairro, porque ali mergulho na nossa capital cosmopolita e escuto palavras que se misturam com as minhas palavras. Se estou em Barcelona escrevo na cafetaria da Llibreria Laie que é uma espécie de casinha na Catalunha. Em Coimbra a escrita do diário ao fim-de-semana acontece na minha casinha e, normalmente é acompanhada pela voz de Maria Bethânia. A canção que mais me inspira começa assim: “Depois de trabalhar toda a semana / meu sábado não vou desperdiçar / já fiz o meu programa para essa noite / e já sei por onde começar…”.

As palavras guardadas no(s) meu(s) diário(s) são os mais lindos lugares do (meu) mundo!


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