Diz a sabedoria popular que onde estiver um grupo de duas ou mais pessoas há um conflito de ideias ou de interesses em potência, que levados ao extremo podem degenerar em confrontos, ainda que envolvam esperados puros sentimentos de harmonia entre os homens, tal como da passagem da última ceia de Jesus com os seus doze apóstolos, em que um deles o traíu a troco de 30 dinheiros.
Apesar de Cristo pregar a harmonia entre os homens, cuja continuidade endossou à Igreja, através dos seus servos (padres), estes, com exceções, ignoraram a Sua doutrina, degeneraram e traíram os evangelhos, isto é, nem eles resistiram à tentação de O ofenderem pecaminosamente, fruto de uma cultura obtusa, obscena, voluptuária, confirmando a sua traição irremissível aos princípios, com o espetro da excomungada “Santa Inquisição”, dos holocaustos da 2ª grande guerra e da Ucrânia…, com o que se gravou o défice de consciência do bem e do mal, e se confirma a máxima do “homo homini lupus”.
É que a forma de pensar, feição ou orientação particular da mente reage de acordo com os estímulos ou sensações provocadas pelo ambiente que a rodeia e que, pela teoria do indeterminismo, assenta no livre-arbítrio, e quanto mais complexo for o meio mais heterogéneas serão as reações humanas.
Sintomático é o clamor que se regista nas diversas conjunturas em que se opina ao acaso, divergindo por sistema e gerando rudes confusões, discussões iconoclásticas, clubísticas, políticas, de juízos de valor, etc., revelando uma grande falta de conjunção de ideias, ações, e temperança, imputando aos observadores o incómodo de decifrar o dilema de quem tem razão ou se ela nem sequer existe!
A superação desta deficiência humana assenta nas bases educativas, captadas no ambiente familiar e nos estabelecimentos de ensino, desde o pré-escolar à sua formação completa, atribuídas aos pais, educadores, assistentes e ao Estado, estimulando os formandos para a materialidade do bom senso, nas suas derivações, nomeadamente, tido como a capacidade de poder ou aptidão de distinguir o verdadeiro do falso, o bom do mau, o correto do incorreto, por oposição aos estados perturbadores do espírito, a loucura, o encanto, razão, que faz o discernimento (como a faculdade de raciocinar, de apreender, de ponderar, de julgar, etc.)
Uma formação assim consistente poderá ser a panaceia da pedra filosofal perseguida pelos nossos antepassados. Vale a pena tentar. Nunca será tarde…