A questão é sempre a mesma: o respeito por nós mesmos! Pergunte a si mesmo, como está neste capítulo. Ter consciência dessa realidade primordial, para ser equilibrado e saudável?
Um dia destes, um jornalista, entrevistou Dalai Lama, sobre o medo que come a maior parte das pessoas. Dalai Lama surpreendeu-se com a pergunta.
Na sua espiritualidade, ninguém conhece esse sentimento, essa emoção negativa, que inicialmente interessa como proteção, mas quando é irracional e inventada pela mente não tem cabimento, pelos estragos que traz aos nossos rins e ao ser em geral (ansiedade), pois todos, como Dalai Lama, vivem profundamente a certeza de que a divindade habita em todas as células dos seus corpos!
Nós, os ocidentais, reagimos também assim? E se não é, qual será a razão? A alienação e o viver tudo para fora, agendando as necessidades materiais, como seu objetivo primeiro, excluindo o seu lado espiritual, tem consequências dolorosas, pois somos um ser espiritual a fazer uma experiência na Terra e não o contrário!
O respeito permanente em tudo, pelo seu corpo que liga o espírito, a mente, a consciência e alma, como um todo, não é valorizado com amor!
Sentimos rejeição, se não agradamos a todos, se não gostam de nós. O essencial, para a maioria, é agradar aos outros, como uma proeza vaidosa de superioridade e popularidade.
Não é assim! Temos que prezar e valorizar, com simplicidade e gratidão, quem somos, pois todos somos únicos e preciosos! As pessoas não sabem isso, pois vivem só para fora de si mesmas. Para as aparências.
Aí está a causa de todas as alienações e erros dos que só se lembram que têm corpo, quando este, tristemente, já não aguenta mais. Adoece, pela falta de cuidado, estima e consideração, pois esse templo onde habita tudo o que nunca morre foi deixado para trás!
A nossa parte consciente ocupa apenas uma parcela mínima nas nossas decisões: 5%… Enquanto toda a nossa história alojada no nosso subconsciente tem um papel determinante no nosso destino. É um incrível espião atento, registando tudo o que se passa, em toda a nossa vida!
Corpo, mente, pensamentos, sentimentos e ações, tudo fica impresso para sempre, até ser revisitado e ressignificado, se é que algum dia o será…!
Afinal, o que é, no fundo, a liberdade? A liberdade é algo precioso que temos que amar, preservar, como a coisa mais preciosa da nossa essência!
Não temos que fazer nada, mas ter consciência dela. É nossa e só nossa. Preservá-la só a nós cabe. Temos que viver quem somos, únicos e preciosos. Não pode haver concessões!!!
Claro, que os outros também entram nas nossas vidas, mas com limites.
Se ponho em primeiro lugar as vantagens de promoção social e outras, bens materiais, viagens e outras mordomias, deixando a nossa liberdade de escolha e decisões, pelas ruas da amargura, na doce ilusão passageira, de colher os proveitos exteriores, na vaidade da popularidade, sem ter em conta o equilíbrio do nosso ser, aqui começam os problemas sérios!
Uma vida feita de cedências contínuas, acaba mal!
A nossa existência não se pode reduzir à materialidade terrena. Ao lucro imediato e aparente. Cientistas defendem que a alma, o espírito, como energia, são eternos. Grande é o equívoco, tomar a única verdade da vida, baseada nas aparências fornecidas pelos cinco sentidos.
O nosso subconsciente que tudo regista e espreita, quando a materialidade é posta à frente do mais importante, da nossa parte eterna, que ninguém pode negar, mesmo que não acredite, revolta-se! Surgem então as doenças graves, tais como diz Luísa Hay, sobre a anemia e doenças do sangue que têm como causas a falta de alegria sincera, medo da vida por se perderem benefícios, vivendo um pouco em sobressalto, para cumprir as condições que a situação exige, sem respeitar a liberdade da sua essência, que fica na prateleira até, se necessário, “engolir sapos vivos”, para fazer uma boa figura, levados pela vaidade e ou outros interesses.
Saber que o que pensamos e sentimos se transforma em ações, construindo a saúde ou a doença, alerta a nossa responsabilidade e de mais ninguém. Assim, cuidado com as permissões habituais e constantes, não por amor, mas protegendo as tais mordomias, não hesitando a fugir de si próprio, pois sempre fora do seu eixo, só atrai desgraça!
Para ser livre não é preciso ir a lado nenhum. Por vezes, as pessoas sentem-se oprimidas. Buscam tudo e apenas o que é exterior, esquecendo, que é a liberdade interior que está em causa e essa é, sem dúvida, a mais importante!
Ser prisioneiro sem grades, é a pior prisão. Ser livre por dentro, com coerência, isso sim. Tudo o que fazemos reflete invariavelmente quem somos. Gratos, mereçamos a vida que nos foi concedida como um privilégio de amor, por cada um de nós!
Como alcançar a liberdade interior? Temos que vivenciar todas as emoções. Sentir quem somos, como a grande prioridade! Isso trará-nos a resposta e a consciência dequem se é, e o que fazemos aqui na Terra!
Abrir o coração, agir, guiados pela intuição. Só o coração é verdadeiro e sincero. A mente é agitada e nem sempre é verdadeira. “O coração tem razões que a razão desconhece…”
Assim sendo, chegarás ao estado saudável, em liberdade e pleno de alegria de viver, até ao fim!