A moral no mundo moderno é uma ciência antes da ética, uma ciência de valores. É, a bem dizer, uma pedagogia.
O Homem não pode ser ignorante de doutrinas e de teorias e de sistemas de viver social.
O Homem precisa do seu semelhante. De outra energia. A energia que se necessita tem de deixar mera ilustração verbal dos comentadores políticos bem pagos pela clientela partidária que procura governar em devaneio político, o clube, a associação, o grémio, as esferas sociais da terra, da cidade num narcisismo enraizado no espírito de muitos homens que olham somente para si próprios.
O Homem como ser cognoscitivo, pensa, raciocina, olha, indaga e alvitra com senso crítico é bem necessário para as relações de causas gerais como contributo no todo nacional como diagnóstico para tanto que há a executar e para proteger os mais fracos numa atitude que assume tantas vezes o carácter de fé. A lei de imparcialidade, acrescente-se, em que todos tenham pão para sustento, e onde as crianças devem ter a prioridade dos cuidados sociais.
Vamos vivendo numa moral pragmática, moral vazia, de conveniência, egoísta no jogo de interesses mesquinhos, de classe que vai absolutizando os deveres cívicos do partido, à classe violando as fronteiras da igualdade, das oportunidades e estas atitudes moralmente cegas assumem tantas vezes estatuto de lei. A lei do mais forte!
Aqui o Homem faz parte das ideias de Hegel com o seu Estado onde a História é soberana da força ou a filosofia política dos mais fortes, dos que subjugam o povo a sacrifícios desumanos.
Hegel forjou no seu pensamento a formação de nacionalidades fortes ou bélicas, como se deduz das suas teorias de direito, na sua História, relegando o Homem para um modesto lugar.
E por vezes a política de hoje serve-se consciente ou inconscientemente das teorias hegelianas, esquecendo a filosofia de Platão, parte dela embebida dos nobres conceitos de amor, do bem, da justiça, da estabilidade e prosperidade do Homem
A política é uma vertigem metafórica para os lunáticos do poder!
O Homem tem de ser o centro do Mundo como bem diz Protágoras!
E isso também tem a sua importância no boa vizinhança, nas coisas simples, nos gestos de amizade, no calor humano de ver o vizinho.
Atitudes singulares, afinal!