Têm proliferado, nos últimos anos, pela rede social Facebook vários perfis falsos, que visam objetivos diversificados. Nestas eleições autárquicas, um pouco por todo o país, assistimos à multiplicação deste modus operandi, com fins claros: destronar quem está no poder, umas vezes, impedir que outros acedam ao poder, noutras ocasiões, a todo o custo, utilizando linguagem agressiva, procurando de forma perversa misturar vida pessoal, profissional e política, criando fake-news, chorrilhos de mentiras, inventando, com maior ou menor grau de criatividade, humorizando no pior sentido da palavra, difamando e injuriando.
Não existe, a meu ver, um controlo sobre esta situação, lesiva da lei, da ordem e da paz pública e privada. Penso que a gravidade dos factos, que senti na pele como tantos outros candidatos, exige que as autoridades, nacionais e internacionais, comecem a agir sobre este assunto de outra forma. Não é admissível que a cobardia e mau carácter continuem a proliferar, permitindo todo o tipo de abusos. Crianças, jovens, adolescentes, adultos, famílias, ninguém está a salvo desta espécie de censura e devassa, por tudo e por nada, que medra de forma descontrolada.
É tempo de dizer basta. De encontrar responsáveis, de os levar às instâncias judiciais, de os responsabilizar criminalmente pelos atos praticados. Existem especialistas na área da programação e informática capazes de verificar, com celeridade, por um lado, e de evitar, com oportunidade, por outro, a propagação de um vírus virtual, que tanta destruição tem trazido às sociedades contemporâneas.
Todo ato deve ter sua consequência. Deixar arrastar esta situação é promover o ódio e a violência, compactuando com formas antidemocráticas e anticonstitucionais. Este flagelo tem de ter um ponto final, pois a vírgula tem sido insuficiente.