23 de Janeiro de 2025 | Coimbra
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Martinho

O ENREDADO CASO DAS GÉMEAS BRASILEIRAS

26 de Julho 2024

 Não discuto a perseverança e a ansiedade da mãe das gémeas para as tentar salvar, assim como não discuto a sincera comiseração da solidariedade humana dedicada à causa.

Mas não abdico de discutir o orquestrado secretismo que envolveu a génese do processo (talvez para não ressumbrar para os meios de comunicação social, ávidos de novidades bombásticas), o que não conseguiram evitar, como se veio a confirmar pela conduta comprometida de todos os intervenientes na contenda – uns mudos, outros calados – e ainda os títeres, de repetição balofa, os quais, perante a CPI, mentiram descaradamente, ostentando uma postura aviltante, fruto da falta de estofo moral e ético “ad nauseam”, prenunciando evidentes “culpas no cartório” porque senão desembuchavam e demonstravam, inequivocamente, que quem não deve, não teme!

A “ditosa mas comovente” mãe das gémeas, mentindo em barda, apesar de desmascarada pelas provas documentais ali exibidas pelos interpelantes, não se redimiu, mantendo uma pose de satisfação e “dizendo com os seus botões”, eu estou servida, quanto ao resto eles que se entendam…

O Snr. Sec. Est. da Saúde, em obediência à planeada retórica, manteve idêntico comportamento ao da progenitora das gémeas e o principal figurante da “novela”, Dr. Nuno Rebelo de Sousa que, inclusive, terá arrastado o prestígio do nome do seu pai para o palco da chafurdice, embora prevalecendo-se de um direito constitucional, que não os exonera de culpa, mostraram à sociedade o recorte de autênticos delinquentes.

Do princípio de que todos somos iguais perante a lei (democrática), outros membros do governo, o(a) administrador(a) hospitalar, o conservador do registo civil, o cônsul de Portugal no Brasil, o SEF, de então, os médicos e os enfermeiros intervenientes, devem ser chamados à CPI para serem ouvidos acerca do modo como se processou a sua participação no processo, e de quem os advertiu para não revelarem as orientações (confidenciais) que, eventualmente, o PR, o PM, a MS e a Adm.HSM lhes transmitiram, não vá a culpa aqui também morrer solteira.

Dececiona-me não descrever factos agradáveis, apelativos, mas o rigor da verdade constrange-me a reproduzir tantos e tão variados atropelos à lei e à falta de isenção e rigor dos políticos e dos governantes: corrupção, degradação da Saúde, da justiça, do ensino, o compadrio (sinecuras), etc. deste nosso querido e desditoso país.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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