13 de Janeiro de 2025 | Coimbra
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SANSÃO COELHO

Nem às paredes confesso

10 de Janeiro 2020

Completam-se, hoje, quarenta e dois anos sobre a morte do cantor romântico TRISTÃO DA SILVA. Lisboeta, de famílias humildes, terá começado a cantar aos dez anos no Café Mondego em Lisboa. Foi dos primeiros a atuar em direto na RTP ainda na Feira Popular e foi precursor na utilização da rádio para promover as suas canções tais como NEM ÀS PAREDES CONFESSO, AQUELA JANELA VIRADA PRÓ MAR e DA JANELA DO MEU QUARTO. TRISTÃO DA SILVA. Opositor de Salazar, mas nunca foi preso. Por certo o ditador compreendeu a força das suas fãs. Foi impressionante o fulgor da voz de TRISTÃO DA SILVA na rádio portuguesa. Ainda gosto de o escutar. É um clássico. A rádio tem esquecido este cantor e é pena.

Tristão da Silva

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A rádio sempre foi um médium poupadinho e gostava de fazer balanços dos anos que acabavam e até de atribuir uma espécie de Prémios Laranja e Limão. Nas emissões da “oficial” de Coimbra também fomos por esse caminho. Chegámos a atribuir um prémio Laranja ao polícia sinaleiro exuberante na gestualidade e na simpatia. Dos prémios Limão nem recordo porque eram sempre poucos e a fugir para não ferirmos a sensibilidade das pessoas: é sempre mais doce dizer bem do que dizer mal.

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Já estamos no novo VINTE VINTE e em termos de balanço do 2019 lamento a perda de protagonistas que admirava. Faleceram grandes personalidades na nossa região e evoco, dentre vários, Carlos Carranca, o advogado Arnaut Filho (António Manuel), Lousã Henriques, Adriano Vaz Serra e Carlos Amaral Dias; e para falar da rádio, lembro com saudade a partida do Francisco Amaral companheiro das ondas radiofónicas. Em factos pouco simpáticos fiquei triste, TRISTÃO, com os resultados da Briosa (parece ter acordado agora), com as depressões e as trágicas cheias no Mondego, com o estacionamento cada vez mais problemático nos Hospitais da Universidade (e em Celas em geral) e com a tentativa de desejarem dar a um carro da Queima a designação de Alcoholocausto algo tétrico numa Academia municiada de grandes valores e urgente na defesa da Dignidade Humana. Faltam referir mais factos e várias perdas humanas em Coimbra . Deixo essa incumbência ao leitor: a de completar a lista. Há aspetos negativos (FACTOS) que propositadamente não relato porque alguns desses… NEM ÀS PAREDES CONFESSO.

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DA JANELA DO MEU QUARTO observo agora novas carreiras dos Transportes Urbanos de Coimbra: já vão até Cernache, por exemplo. Aplausos! Coimbra parece que se APROXIMOU tal como aconteceu com a Ponte Europa em que as duas margens ficaram como um laço. Enlaço com amizade os cultores da Canção de Coimbra que a vivificaram no ano findo. Abraço a Liga Portuguesa Contra o Cancro (delegação Centro) e o atual e anterior presidente, personalidades eméritas. Um agradecimento aos Investigadores da Universidade de Coimbra. Uma saudação à Associação de Defesa da Baixa de Coimbra, à Escola de Hotelaria, à Faculdade de Economia, ao ISCAC e ao Politécnico em geral porque se mostraram e revelaram o que fazem bem. Realce para o trabalho de Pedro Machado a puxar com êxito pelo Turismo no Centro de Portugal. Lanço um F.R.A. pela classe e charme dos Antigos Orfeonistas e pelo trabalho desenvolvido pela Orquestra Clássica do Centro. Tiro o meu chapéu ou cartola ao Luís de Matos e equipa visando a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura. Contudo o leitor vai, por favor, completar a lista, pode ser? Faltam várias personalidades e factos de transcendente relevo e prestígio. Compete, leitor, a lista a seu modo. Por mim vou para AQUELA JANELA VIRADA PRÓ MAR na direção de Montemor e da Figueira um EIXO DE FUTURO como preconizava o saudoso Fausto Correia anterior diretor e alma de O DESPERTAR, jornal que tem publicado alguns poemas de Paulo Ilharco, um “novo” Ary dos Santos. A merecer ser musicado.

EXCELENTE 2020. Sejam Felizes em Coimbra. E a lerem O DESPERTAR. E já agora ponham em fundo uma das músicas do TRISTÃO DA SILVA.


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