A promotora Everything is New investiu 545 mil euros na recuperação do Estádio Cidade de Coimbra para este poder acolher os quatro concertos da banda britânica Coldplay, que decorreram em maio, revelou a Câmara Municipal. A promotora tinha ficado responsável pela melhoria da infraestrutura e das obras necessárias para dotarem o espaço com as condições para acolher os espetáculos.
Segundo a autarquia, os gastos pela promotora foram todos detalhados à Câmara Municipal de Coimbra, que não revelou quais os investimentos concretos realizados pela Everything is New.
De acordo com o documento divulgado, o plano de trabalhos da promotora no Estádio Cidade de Coimbra, que é propriedade da autarquia, mas que se encontra sob gestão da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol, “foi validado e acompanhado pelos serviços técnicos” do Município.
A Câmara de Coimbra pagou 440 mil euros à Everything is New pelos quatro concertos nos dias 17,18 20 e 21 de maio na cidade, tendo gastado ainda 28 mil euros na recuperação do relvado do Estádio, responsabilidade que ficou a seu cargo.
Quanto à operação de transportes, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) gastaram 97 mil euros. No entanto, segundo a autarquia, o serviço gerou um total de rendimento de 106 mil euros.
“Com a venda de cerca de 26 mil pulseiras, a operação dos SMTUC acabou por registar um lucro de nove mil euros”, disse o vice-presidente da Câmara, Francisco Veiga, revelando que os concertos tiveram um “retorno intangível”, através da sua visibilidade mediática.
Um estudo do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) concluiu que o impacto económico do evento foi de 36 milhões de euros.
O autarca salientou que só agora foi possível divulgar o documento por não ter anteriormente na sua posse “todos os elementos necessários”, nomeadamente o valor investido no Estádio Cidade de Coimbra pela promotora.
Sobre a possibilidade de concertos no Estádio Cidade de Coimbra em 2024 já “há muitos prometidos, mas nenhum firmado”
“Vale a pena investir neste tipo de concertos”, vincou Francisco Veiga.