14 de Novembro de 2024 | Coimbra
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Jovem de Cantanhede criou um negócio com conchas das Maldivas

31 de Outubro 2024

Mariana Baptista é natural de Cantanhede, mas a sua alma é do mundo. Apaixonada por viagens, a jovem nunca descarta a oportunidade de conhecer uma nova cultura. Foi esse amor pelo desconhecido que a levou até às Maldivas, em 2023. Desde então, a sua vida nunca mais foi a mesma. Aos 23 anos, abriu o seu próprio negócio de bijuteria com conchas que recolheu nas ilhas tropicais do Oceano Índico, tendo lá regressado, este ano, para apresentar a sua nova coleção.

“Desde pequenina que costumo trazer conchas das minhas viagens. Sempre fui apaixonada pelo mar e por tudo o que é tropical”, conta Mariana Baptista, em declarações ao “O Despertar”. Contudo, a jovem garante que nunca lhe passou pela cabeça transformar essa paixão num projeto. Recorda que a sua ambição passava por ser atriz, no entanto, é a partir da adolescência que nasce o desejo de ter um negócio próprio. “Queria ser livre e não estar presa e/ou a depender de outra pessoa”, afirma.

O sonho começa a ganhar asas quando Mariana descobre um gosto particular por bijuteria. Na altura, trabalhava no restaurante do pai e achou boa ideia começar a desenvolver algumas peças e expô-las no estabelecimento. Todavia, admite que “nunca pensei que fosse tornar-se numa coisa mais séria”.

 

A viagem que lhe mudou a vida

Habituada a criar conteúdos para as redes sociais, Mariana Baptista viu no digital uma forma de alcançar os seus objetivos. Nesse sentido, em novembro de 2023, contactou o hotel Ecoboo Maldives, nas Maldivas, para, em troca de publicidade, conseguir um desconto na viagem. “Na época, o hotel trabalhava com várias influencers (influenciadoras). Eu já tinha paixão por viajar há imenso tempo e pensei: ‘talvez tenha aqui uma oportunidade de iniciar o meu projeto lá fora’”, lembra.

Não estava errada. A parceria aconteceu e a vida da jovem mudou significativamente. “Entrei em contacto com aquilo que eu realmente gostava. Conheci uma nova cultura e vivi imensas experiências. Estar ali, em contacto com a vida marinha diariamente, abriu-me imenso a mente”, salienta. Por outro lado, a jovem apercebeu-se de que a areia das Maldivas era muito rica em conchas e, por isso, pôs mãos-à-obra.

“Fui pegando em algumas [conchas], sempre com o máximo de cuidado para saber se não tinham seres vivos lá dentro. Adoro a natureza e tenho sempre muito respeito por ela”, sublinha. Recolhido o material, o seu lado criativo veio, imediatamente, ao de cima. “Pensei em usar as conchas para fazer peças que inspiram o mar e a minha viagem. No fundo, levar um bocadinho dessa experiência comigo para Portugal e poder partilhá-la com as pessoas”, recorda.

 

A homenagem ao mar e ao oceano

Com a criação da La Mar, nasceram também peças únicas e diferenciadas. Estas são compostas por pedras, cristais naturais e pérolas, no entanto, são as conchas o material que tem maior procura. “Eu sinto que essas são as que atraem mais público”, revela Mariana Baptista. A fundadora do projeto acredita que isto se deve ao facto destas serem peças únicas. “É impossível repetir uma concha, porque são feitas pela natureza, ou seja, têm padrões diferentes”, frisa.

Não obstante os artigos que mais atraem clientes, todos eles são inspirados na temática do oceano. A primeira coleção, “By The Ocean” (Pelo Oceano), pretende, assim, “transmitir a força e a grandiosidade que o mar e o oceano têm. Eu quero que as pessoas que utilizam as peças também possam sentir essa transformação e liberdade que o oceano transmite”, admite Mariana Baptista.

A La Mar tem sido tão bem acolhida pela população que, em julho deste ano, a jovem de Cantanhede recebeu um convite para regressar ao Ecoboo Maldives. O hotel abriu uma loja na praia e convidou-a a, durante um mês, produzir peças e vendê-las no espaço. “Foi uma grande oportunidade na minha vida, que me impulsionou e que lançou ainda mais a marca”, orgulha-se.

Em relação ao futuro, Mariana não tem dúvidas de que quer continuar a homenagear o mar e o oceano. Ainda não tem planos para diferentes coleções, porque não tem tido mãos a medir. “Tenho estado a fazer peças novas todas as semanas”, indica. Todavia, garante que o amanhã passa por sair de Portugal e explorar novos lugares e materiais. “Gostaria de poder transmitir a minha paixão pela bijuteria a mais pessoas; fazer o que fiz nas Maldivas com outros hotéis e ver a minha marca espalhada pelo mundo”, conclui.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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