Arroz de pato escondido, de cabidela, de tomate, de feijão, acompanhado de pataniscas, grelhados e peixe frito, e o tradicional arroz-doce vão poder ser apreciados este domingo, pois a freguesia de Maiorca, do Município da Figueira da Foz, vai receber a primeira edição da Festa do Arroz.
Organizada pela Confraria do Arroz-Doce de Maiorca, o evento arranca pelas 08h30 com a Rota dos Arrozais, “que consiste numa caminhada pelos campos de Maiorca para dar a conhecer aos participantes a zona e o arroz semeado, que já está a nascer”, afirma ao Despertar a chanceler da Confraria, Matilde Azevedo, indicando que a iniciativa tem um custo de 2.50 euros.
Após o passeio é hora de aconchegar o estômago com um almoço que inclui os quatro pratos de arroz, produzidos nos campos de Maiorca, Sopa à Lavrador e Arroz-Doce de Maiorca, por um valor de 15 “taças”.
“O que distingue o nosso arroz carolino é ser do Baixo Mondego, pois possui características únicas deste território, devido ao solo e ao clima”, esclarece Matilde Azevedo.
A Festa do Arroz é, assim, uma forma de “defender, divulgar e promover o arroz do Baixo Mondego e o Arroz-Doce de Maiorca, bem como angariar fundos para a nossa coletividade”, acrescenta, na esperança “que as pessoas participem e apreciem esta gastronomia tradicional”.
Desde o dia 20 de maio de 2020 que o famoso arroz-doce do Baixo Mondego tem salvaguardada a sua história, pois surgiu a Confraria do Arroz-Doce de Maiorca, com o objetivo de “promover e divulgar o Arroz de Maiorca, enquanto produto tradicional, de origem e proveniência certificadas”.
A entidade, aliada à tradição, procura contribuir para que a história do arroz se perpetue no futuro, em Maiorca e em Portugal, tendo também como propósito a promoção, divulgação, valorização e defesa cultural e gastronómica do arroz local e regional.
A história deste doce típico conta-se pela tradição de o mesmo “ser levado pelos noivos a casa de todos os convidados do seu casamento, em travessas, que depois eram levantadas, sendo estas acompanhadas com uma retribuição, que ajudava a financiar a boda do seu enlace matrimonial”, uma prática que ainda hoje se mantém.
Quanto à receita, Matilde Azevedo revela que os ingredientes são apenas arroz, leite, açúcar e casca de limão “na dose certa”, canela para decorar e, claro, “a paixão de quem o faz”.