A visita a mais um troço da ciclovia e as inaugurações do largo do Chafariz de S. Martinho do Bispo e do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra marcaram hoje (4 de julho) as comemorações Dia da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel.
O programa começou durante a manhã, na Praça das Cortes, com a apresentação de mais um troço da ciclovia, projeto que visa valorizar a paisagem urbana de Coimbra e que, no total, conta já com 20 quilómetros de via. Pronto a ser usufruído pela população, este novo troço permite que se possa fazer agora, como realça a autarquia, “uma viagem praticamente ininterrupta e em segurança, desde a estação ferroviária de Coimbra B até ao Vale dos Flores”.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, sublinhou que este este troço “está em condições de funcionar”, tendo “iluminação cénica e de segurança” que embeleza não só as margens do rio mas “aumenta também o atrativo e a segurança a qualquer hora do dia e da noite, o que é importante”.
“O troço está operacional, use-se”, desafiou o autarca.
Na ocasião foi ainda apresentado o projeto “A Pedalada da Ciência”, desenvolvido em parceria com o Exploratório de Coimbra que, como explicou o diretor Paulo Trincão, propõe um conjunto de atividades no exterior que vão permitir, de bicicleta ou a pé, “conhecer melhor o Parque Verde, do ponto de vista científico mas também do ponto de vista da história natural”, aliando “conhecimento e bem estar”.
Largo do Chafariz com atrações para todas as idades
O Dia da Cidade ficou também marcado pela inauguração do Largo do Chafariz, em S. Martinho do Bispo, um espaço que foi alvo de uma profunda requalificação e que está agora disponível para servir toda a população, reunindo atrativos para todas as idades.
Com um parque infantil, um espaço geriátrico e um amplo espaço relvado, este é, como sublinhou o presidente da União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, Jorge Veloso, “um espaço magnífico”, onde se podem realizar “diversas iniciativas de âmbito cultural, desportivo e social”. Jorge Veloso recordou os percalços que surgiram durante as obras, mas congratula-se por este espaço reunir agora “todas as condições para que a população possa usufruir dele”.
Também Manuel Machado recordou que este largo “esteve abandonado”, tendo sido necessária “uma intervenção profunda” para o transformar neste importante espaço de lazer da cidade.
Centro de Arte Contemporânea afirma Coimbra a nível cultural
Já da parte da tarde, as comemorações tiveram como ponto alto a inauguração do Centro de Arte Contemporânea, no Arco de Almedina, cerimónia que contou com a presença da ministra da Cultura.
O presidente do Município sublinhou que Coimbra, classificada como Cidade Património Mundial pela UNESCO “é, desde há séculos, um território privilegiado de cruzamento do antigo e do novo, local de crescimento e de passagem de homens como Fernando de Bulhões – o Sant
o António, de quem agora se assinala o 8.º centenário -, ou de artistas tão inovadores para a sua época como o escultor Nicolau de Chanterene”.
Acrescentou ainda que este Centro, “as suas muito peculiares instalações no coração de Coimbra, bem como esta primeira exposição e a coleção mais vasta a que pertencem, fazem parte – e fazem justiça – à história e aos pergaminhos culturais e artísticos desta cidade”.
Na sua intervenção, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, disse que Coimbra tornou-se um “lugar capital na história” da Coleção de Arte Contemporânea do Estado com um equipamento que acolhe 193 obras da antiga coleção BPN.
“A partir de Coimbra, celebramos um dia histórico para a arte contemporânea em Portugal”, afirmou, acrescentando que esta cerimónia representa “o culminar de um longo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Governo e que contou com a inestimável parceria do município de Coimbra”.
As Festas da Cidade continuam esta noite, com um espetáculo de fado no “À Capella”, às 21h30. À mesma hora segue o Festival à Janela, no Solum e Cidral, e às 22h00 há concerto no belo Jardim da Sereia que contará com a presença de “uma lenda viva da música portuguesa” – Rui Veloso.
Coimbra vai continuar em festa até 12 de julho, com um programa diferente e inovador que, como sublinhou Manuel Machado, se ajusta à realidade atual, apostando em eventos que evitam as concentrações excessivas mas que celebram Coimbra nesta época tão especial para a cidade.