25 de Abril de 2024 | Coimbra
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Igreja do Convento São Francisco é monumento de interesse público

23 de Outubro 2020

A Igreja do Convento São Francisco foi classificada como monumento de interesse público, de acordo com o despacho da secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, publicado na segunda feira em Diário da República.

O despacho, que data do dia 8 deste mês, refere que a classificação da Igreja reflete os critérios relativos ao “caráter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho simbólico e religioso, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica e urbanística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.

Segundo o documento, a construção da Igreja do Convento de São Francisco de Coimbra iniciou-se em 1602, “como resposta à ruína do primitivo mosteiro de São Francisco da Ponte, assolado pelas recorrentes cheias do rio Mondego, e prolongou-se pela centúria de seiscentos”. Refere ainda que, “após a extinção das ordens religiosas, a igreja ficou afeta ao culto até 1875, passando depois por um processo de adaptação a unidade fabril (função que manteve até 1976)”.

Foi adquirida pelo Município de Coimbra em 1995, que, na segunda década do século XXI, promoveu a sua requalificação, no âmbito da construção do Centro de Convenções e Espaço Cultural do Convento São Francisco.

De acordo com o despacho agora publicado, o templo apresenta “traços evidentes das soluções maneiristas italianas bebidas diretamente em modelos eruditos, desde logo evidentes na elegante e sóbria fachada, pautada pela monumentalidade da escala, com a mesma filiação das paradigmáticas igrejas do Espírito Santo de Évora e de São Vicente de Fora”.

“Na conjugação da sua história, da sua sintaxe arquitetónica e do património integrado que ainda contém, o imóvel espelha bem a importância da ordem mendicante de São Francisco na cidade de Coimbra e a fuga histórica às cheias do Mondego, ilustrando igualmente o fenómeno da metamorfose de edifícios sagrados em unidades fabris, para além de se constituir como exemplo de recuperação da dignidade patrimonial perdida através da execução do recente projeto de requalificação”, lê-se no documento.


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