19 de Abril de 2025 | Coimbra
PUBLICIDADE

Hospitais de Coimbra abrem mais camas para responder à covid-19

19 de Novembro 2021

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) abriu mais camas para doentes covid-19 devido ao aumento do número de internados provocados por surtos internos e nos lares da região. De acordo com o diretor clínico, Nuno Deveza, a pressão vinda do serviço de urgência e dos lares “aumentou bastante”.

“Para terem uma ideia, a média de casos positivos na semana de 31 de outubro a 6 de novembro foram nove casos por dia e na semana de 7 a 15 de novembro já foi de 15 casos por dia”, frisou.

De acordo com os últimos dados, o CHUC contabiliza 44 internados em enfermaria de não críticos e seis pessoas nos cuidados intensivos, entre elas uma adolescente de 16 anos, que sofre de obesidade mórbida e não estava vacinada por opção.

Dos internados em enfermaria, 30 por cento são doentes não críticos provenientes de lares da região, em que “mais de metade está parcialmente dependente ou com grau de dependência elevada e quase todos com comorbilidades significativas e outras doenças associadas”, refere Nuno Deveza.

O diretor clínico salienta que o CHUC tem, neste momento, uma capacidade para 10 internados nos cuidados intensivos, que pode ser rapidamente expansiva para 15, e 52 camas em enfermaria.

Caso seja necessário aumentar o número de camas em enfermaria e cuidados intensivos, o responsável admite que essa situação vai causar impacto na restante atividade hospitalar, nomeadamente na cirurgia programada, já que será necessário “desviar” recursos médicos e de enfermagem de outras especialidades.

Apesar do aumento de doentes com covid-19 nos últimos dias, Nuno Deveza reconhece que existe menos pressão nos cuidados intensivos e nas enfermarias comparativamente a vagas anteriores, além de existir menos doença grave.

“Não é tão grave e os doentes que têm mais gravidade e estão nos cuidados intensivos são aqueles que não estão vacinados. Os outros são doentes que estão vacinados, mas têm comorbilidades muito importantes que lhes atinge o sistema imunitário”, referiu.

O diretor clínico do CHUC nota que, mesmo com vacinação completa e a toma da terceira dose, “vai haver sempre um grupo de doentes que será sempre mais suscetível”.

“A terceira dose [da vacina] está já em andamento e estou convencido que irá ter um impacto na [menor] necessidade de internamento, porque a vacinação diminuiu a incidência de doença grave e com necessidade de internamento”, acrescentou.

Dentro de duas semanas, deverá estar finalizado o processo de inoculação da terceira dose da vacina contra a covid-19 aos mais de 8.000 profissionais do CHUC, adiantou ainda Nuno Deveza.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

Todos os direitos reservados Grupo Media Centro

Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D - Eiras 3020-430 Coimbra

Powered by DIGITAL RM