Comemora-se domingo, 8 de novembro, o Dia Europeu da Alimentação e da Cozinhas Saudáveis, uma celebração criada pela Comissão Europeia e que tem como prioridade encorajar a alimentação saudável nas crianças, de forma a travar o atual crescimento da obesidade infantil na Europa.
Este data celebra-se em todos os estados membros da União Europeia e, para além da aposta na infância, tem a ampla missão de sensibilizar os cidadãos para a importância que a alimentação tem na sua saúde, incitando-os a adotarem um regime alimentar equilibrado e a praticaram também exercício físico, como caminhadas ao ar livre e em contacto com a natureza.
A Comissão Europeia defende que estes cuidados devem surgir logo na infância, altura em que se formam os padrões de estilo de vida. Estudos comprovam que crianças e jovens com excesso de peso têm tendência em conservá-lo em adultos, daí que seja imperativo mudar hábitos o mais cedo possível.
As próprias escolas, seguindo orientações do Governo e da Direção Geral da Saúde (DGS), têm apostado, cada vez mais, numa alimentação saudável, que evite os alimentos processados, os açúcares, as gorduras e o excesso de sal.
Para a adoção de uma alimentação saudável no dia a dia, é recomendado que todos façam uma dieta equilibrada e variada, rica em legumes, cereais integrais, fruta e peixe. O dia deve começar com o pequeno almoço, devem privilegiar-se os legumes nas principais refeições, comer fruta, ingerir uma boa quantidade de água e reduzir o consumo de sal e açúcar. A nível da confeção, devem evitar-se os fritos e privilegiar os alimentos cozidos, grelhados, estufados ou assados com pouca gordura.
Estes cuidados devem ser tidos por todos os cidadãos, uma vez que a nossa saúde depende da forma como nos alimentamos. É certo que a pandemia da Covid-19 veio alterar muitas das rotinas dos portugueses e isso reflete-se também a nível alimentar, recomendando-se por isso um maior planeamento das refeições. No atual contexto, o ministério da Saúde e a DGS lançaram, em finais de maio, um “Manual de intervenção alimentar e nutricional na Covid-19” que descreve de uma forma sistemática e, tendo em conta a evidência científica mais recente, um modelo integrado para a intervenção na área da alimentação e da nutrição, no contexto da Covid-19.
O documento analisa o possível impacto que as medidas de confinamento e contenção social podem ter no consumo alimentar da população e descreve a importância da alimentação saudável neste contexto. Recomenda um bom planeamento na compra dos alimentos, tendo em conta as boas práticas de higiene e segurança dos alimentos. Com a redução das idas às compras é preciso acautelar a segurança dos produtos frescos, de forma a garantir a contínua ingestão de fruta, hortícolas e outros produtos fundamentais a uma alimentação rica a diversificada.
De acordo com a evidência científica, não há certezas de que existam alimentos específicos ou suplementos alimentares que possam prevenir ou ajudar no tratamento da Covid-19. Portanto, as boas práticas de higiene e a adoção de uma alimentação saudável continuam a ser a melhor resposta, uma vez que um sistema imunizado depende de uma boa nutrição e hidratação.