Durante o mês de novembro, de 1 a 30, Coimbra recebe o Festival Linha de Fuga, que tem este ano como tema “Enfrentar medos”, com intuito de discutir sobre se, “enquanto coletividade”, é possível “resistir e ultrapassar os medos que nos são colocados na sociedade”.
Esta edição vai decorrer em vários locais da cidade, mas integra a programação cultural da Câmara Municipal de Coimbra, com destaque para o Convento São Francisco.
Catarina Saraiva, diretora e curadora do evento, destacou que esta iniciativa é um projeto que apresenta “características únicas”, já que se realiza paralelamente ao laboratório internacional, e revelou que “não há nenhum festival em Portugal com esta característica de juntar peças terminadas com processos em criação”.
Em paralelo ao festival, decorre o laboratório internacional de criação artística. Treze artistas de distintas origens e países estarão em residência em Coimbra durante três semanas para trabalhar, provocar, pensar e desenvolver as suas práticas artísticas, trazendo consigo projetos individuais que pretendem criar um diálogo com a cidade e seus públicos sobre como eles enfrentam os medos individuais e sociais.
Vários locais da cidade recebem espetáculos
O Convento São Francisco integra o “Programa Triplo – Percurso Corpo | Território” (9 e 10 de novembro), os espetáculos “Reminiscência”, de Malicho Vaca/Le Insolente Teatre (9 de novembro) e “Também se Matam Cavalos”, de Francisco Thiago Cavalcanti (29 de novembro), bem como os laboratórios que decorrem durante o mês de novembro de 2024 na Blackbox e na Project Room.
A grande maioria dos espetáculos são efetuados em co-apresentação pelos teatros e outros equipamentos culturais que os acolhem, dos quais se destacam a Oficina Municipal do Teatro (O Teatrão), o Teatro da Cerca de São Bernardo (A Escola da Noite), o Jazz ao Centro Clube (Salão Brazil) e a Casa das Artes Bissaya Barreto.
O programa multidisciplinar do Festival e Laboratório Internacional de Artes Performativas Linha de Fuga desenvolve um papel de relevo na valorização da dança contemporânea e das artes performativas, bem como da criação artística local, nacional e internacional, contribuindo para produção e programação de linguagens artísticas experimentais e fomentando o diálogo, a colaboração e a formação entre os diversos artistas e o tecido cultural de Coimbra.
Relembrar que a Câmara Municipal de Coimbra apoia a Linha de Fuga – Associação Cultural com 22.640 euros, tendo em conta o “alcance estratégico” do projeto, nomeadamente nos domínios da arte experimental e contemporânea.