A FENPROF – Federação Nacional dos Professores anunciou hoje, em Coimbra, que poderá avançar com a marcação de uma greve na próxima semana, depois de analisar os resultados da consulta pública que está a realizar junto dos professores até quarta feira, 25 de novembro.
Mário Nogueira, dirigente da FENPROF, adiantou que os resultados já conhecidos apontam nesse sentido, estando prevista a realização de uma greve a 9, 10 e 11 de dezembro, com cada dia a focar-se mais numa das regiões do país mas “permitindo que quem o deseja possa fazer greve nos três dias”. Sublinha que “o que está em causa não são aspetos corporativos”, mas sim fatores que se prendem com “a qualidade da escola pública”.
A FENPROF considera que “o bloqueio negocial, o agravamento dos problemas, a violação de quadros legais, a desvalorização das organizações sindicais e o desrespeito pelos professores” estão a “tornar-se insustentáveis”. Mário Nogueira defende uma maior valorização da carreira docente e apela ao diálogo com o ministério da Educação, lamentando o “silêncio” por parte do ministro, ao contrário do que acontece com “outros ministérios” com os quais trabalha.
“Esta greve só se manterá se o Governo e o ministério da Educação insistirem no bloqueio e se continuarem fechados, não ouvindo nada nem ninguém”, frisou.
Sobre o atual contexto de pandemia, mostrou-se preocupado com o número de focos de contágio existentes nas escolas e recordou as várias recomendações feitas no arranque do novo ano escolar, com vista à prevenção e à salvaguarda da saúde de todos – alunos, professores e funcionários.