13 de Junho de 2025 | Coimbra
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Feira Medieval de Coimbra regressa à zona histórica com três dias de animação

16 de Junho 2023

Coimbra vai viajar até à Idade Média, de 21 a 23 de julho, com a realização de mais uma edição da Feira Medieval, uma das mais antigas do país. Desta vez, após um interregno de três anos, a 28ª recriação do evento regressa ao centro histórico num formato “renovado e com uma duração mais alargada”. Durante três dias, não só o Largo da Sé Velha regressa ao período medieval, como também a zona do Quebra-Costas, “reforçando a animação do património edificado”.

É com o tema da crise dinástica e a aclamação de D. João I nas cortes de Coimbra, entre 1383 e 1385, que a autarquia traz novamente o espírito medieval à zona histórica da cidade.

A reconstituição da época começa na sexta-feira, 21 de julho, nas escadas da Sé Velha onde, a partir das 19h00, a Companhia Almanach dá as boas-vindas aos comensais, com uma encenação e trovas sobre a aclamação de D. João I, seguindo-se para o claustro da Sé Velha, onde vai decorrer, pelas 20h00, o Banquete Régio. A Ceia Medieval vai ser confecionada e servida pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, tendo a participação nesta atividade uma lotação limitada e um custo associado a anunciar brevemente.

Zona histórica transformada num “cenário vivo”

Num perímetro mais alargado do que aquele que tem acolhido o evento nas últimas edições, no sábado, 22 de julho, entre as 09h00 e as 24h00, a Rua do Norte, o Largo da Sé Velha, o Quebra-Costas e o Arco de Almedina transformam-se num cenário “ao vivo”, permitindo aos visitantes “entrar na atmosfera da época medieval, pelo contacto com os sabores, os aromas, os ruídos, os ofícios, a animação e o modo de vestir, recriado por dezenas de figurantes”.

No campo da figuração e da animação, em particular, “desempenha um papel importante” a Companhia Almanach ao nível da indumentária, objetos, acessórios e instrumentos “que revelam o espólio patrimonial e humano que a Companhia associa às suas recriações históricas”. “Nesta viagem ao período medieval procura-se reproduzir o ambiente mercantil e a sociabilidade da época, promovendo-se, em simultâneo, a diversão e o lazer que a dinâmica de animação do evento oferece aos visitantes”, explicou.

No domingo, 23 de julho, o evento tem como ponto alto o Cortejo Régio, que acontece às 14h00, ao qual se seguirá um concerto, na escadaria da Sé Velha, pelo Duo Arvales. Outros dos momentos esperados, segundo a autarquia, realiza-se pelas 16h00, que é a nomeação, por D. João de Portugal, de D. Nuno Álvares Pereira como Condestável do Reino.

De acordo com a autarquia, esta iniciativa conta com o envolvimento comunitário do tecido associativo do concelho e da região de Coimbra, “destacando-se, pela primeira vez, o trabalho que o Município está a desenvolver no sentido de chamar à Feira Medieval a participação do tecido comercial localizado na área envolvente do evento, no espírito da recriação histórica, através da oferta e decoração”.

Na iniciativa, orçada em 20 mil euros, deverão participar cerca de uma dezena de associações locais, com um total de 48 tabernas e bancas espalhadas ao longo do perímetro da feira.

Com organização da Câmara Municipal de Coimbra, a Feira Medieval conta com a parceria da Diocese de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra e dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, bem como da Junta de Freguesia dos Olivais e da Fundação INATEL.

Primeira Feira Medieval foi há 31 anos

A Feira Medieval começou em 1992, pela mão da Fundação Inatel, cujo atual diretor distrital Bruno Paixão se congratula com este “novo encontro”, realçando o pioneirismo dessa primeira feira, levada a cabo com a ajuda de medievalistas da Universidade de Coimbra.

“Triplicamos os dias da feira, o que mostra o nosso empenho. Isto vale a pena porque era um evento demasiado efémero, quando tem tanto significado para Coimbra”, realçou o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.

Para o autarca, a Feira Medieval “valoriza o património da cidade”, considerando que os conimbricenses “devem sentir o bom peso da história e cultura do concelho”.

“Esperemos que no futuro os comerciantes e até habitantes da Alta tenham o seu traje e que mais entidades se associem, para todos os anos fazermos uma grande Feira Medieval, vivida e participada por todos. Temos de dar mais vida a estas pedras”, partilhou.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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