A Feira do Porco e do Enchido vai regressar, no domingo, à Freguesia de Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital. Depois da suspensão no ano passado devido à pandemia, este evento está de regresso, para grande alegria de expositores, população e visitantes.

A festa vai voltar, assim, à Lage Grande e ao Terreiro do Santo, onde são esperados milhares de visitantes, seduzidos pelos sabores únicos da gastronomia local mas também pelo artesanato e pelas múltiplas atrações que estarão no recinto nesse dia.

“A decisão de realizar o evento foi recebida com regozijo pelos tradicionais visitantes e pelos muitos artesãos que aqui vêm vender e com particular alegria pelos variados grupos e artistas que dão vida, cor e o ambiente singular de criatividade à Feira do Porco e do Enchido”, realça o presidente da Junta, João Abreu.

Recorda que este certame nasceu para “evidenciar o papel dos ‘porqueiros’ (negociantes de porcos) no desenvolvimento económico da Freguesia de Meruge e para enaltecer a excelência dos enchidos (chouriças de carne, morcelas, farinheiras e chouriças de bofes) aqui amanhados por mãos artífices de mulheres”. São, como realça, estes “produtos artesanais que dão fama à freguesia” e que fazem as “delícias” dos seus muitos apreciadores.

Este evento, que vai já na sua 18.ª edição, continua a afirmar-se assim pela “sua genuinidade, pureza cultural e paisagística”, sendo considerado um dos mais atrativos da região, conciliando gastronomia, tradição, artesanato e diversão.

A festa abre já amanhã, às 21h00, com um espetáculo de música popular, pelos Arraiad’ollos, seguido de procissão de luminárias que terminará na Lage Grande, com coreografia de malabares de fogo e jogos pirotécnicos. Não faltará também o tradicional magusto na caruma, “regado” com jeropiga de várias colheitas.

No domingo o destaque vai para a gastronomia e para o artesanato, a par com muitos outros eventos que vão animar o dia, como um passeio pedestre, logo às 8h00. O programa abre com uma arruada de bombos, seguida da leitura do Edital de recrutamento para a Milícia, com a recriação, ao longo do dia, do cenário de “Resistência às Invasões francesas – 1810-1821” que tiveram lugar nos campos agrícolas envolventes.

No recinto, as tasquinhas vão servir as especialidades gastronómicas da região, onde não faltará o famoso “Arroz de Suã”, o porco no espeto com arroz de feijão, os torresmos à moda de Meruge, a “Feijoada à Moda de Nogueirinha”, entre muitas outras iguarias que serão confecionadas e servidas pelas associações locais. Não faltará também o arroz doce de anis e outras “guloseimas”, muitas saídas do “Concurso de Doçaria Tradicional”.

Tal como manda a tradição, vai estar no recinto o Forno Comunitário, onde serão cozidas as famosas bôlas de carne, bacalhau ou sardinha e, ainda, a broa de milho. Haverá também à disposição fogareiros e caçoilos de barro, para que quem o desejar possa comprar a carne na feira e confecioná-la no local, podendo utilizar gratuitamente todos os condimentos necessários.

Destaque ainda para a Feira da Agricultura Familiar, onde os agricultores vão comercializar os mais diversos produtos de época e também alguns animais.

A “Mostra do Porco Bísaro” é outra das grandes atrações do evento, com as ninhadas de leitões provenientes de explorações ao ar livre da região de Mangualde de Azurara. Mantêm-se também os passeios de burro, para grande alegria dos mais novos que terão este ano ainda mais atrativos, já que a organização promove “A Aldeia do Fumeiro”, um espaço com pinturas faciais, modelagem de balões, jogos infantis e um atelier de simulação de enchimento e produção de enchidos.

Para que a festa seja completa, há também muita animação musical ao longo do dia, em arruadas e “concertos espontâneos”.