Os estabelecimentos de restauração das “Docas”, no Parque Verde do Mondego, devem abrir antes do verão, anunciou a Câmara de Coimbra, tendo sido assinados, esta semana, os contratos para atribuição do direito de exploração com as empresas que venceram o concurso público e que irão explorar as quatro frações.
As obras de requalificação e ampliação das “Docas” já estão concluídas e, com a finalização deste procedimento, a autarquia pretende “aumentar a atratividade do Parque Verde do Mondego e dinamizar os espaços de restauração e bebidas existentes”. Quer, também, “devolver aos cidadãos um espaço central da cidade, agora completamente renovado e melhorado, que sempre foi muito apreciado por todos e onde já é possível circular junto ao rio e utilizar as novas instalações sanitárias (09h00-19h00)”.
A empreitada foi além da requalificação do edificado, tendo sido construídos quatro novos módulos na cobertura do edifício, que estão dotados de escadas e sistema elevatório de ligação entre os pisos, com um novo acesso público ao piso térreo, onde cada uma das quatro concessões passará a dispor de instalações sanitárias. As cozinhas foram recolocadas no piso superior, mantendo uma simples copa de apoio, arrecadação e compartimento de lixos no piso térreo.
O concurso público, lançado em maio passado, previa a atribuição do direito de exploração de três frações das “docas”: A, D (estabelecimentos de bebidas ou restauração) e E (estabelecimento de bebidas, café ou geladaria). A empresa Renasceia – Hotelaria e Restauração Lda foi a vencedora do procedimento à fração D, propondo um valor mensal de 2.500 euros durante o período de verão e de 1.250 euros no inverno. A empresa pretende implementar no espaço um conceito de gastrobar, ou seja, um serviço de bebidas, cozinha ao vivo no 1.º andar, sala de refeições no rés-do-chão e refeições ligeiras, cafetaria e pastelaria ligeira e gelados na esplanada. A ideia passa ainda por trazer para o espaço as cozinhas de todo o mundo, ter um bar autoral e uma animação baseada na música ao vivo e/ou gravada com animador.
A empresa Sabores à Maneira foi a que apresentou a proposta mais vantajosa para a fração E, com um pagamento mensal de 1.550 euros. Nesse espaço irá, assim, nascer uma gelataria artesanal, com doces conventuais e chás de diversas origens. A empresa propõe ainda atividades de animação associadas a datas comemorativas, ações de diversão para crianças e famílias, organização de workshops e iniciativas de colaboração com os restantes operadores do Parque Verde.
As frações B e C (estabelecimentos de bebidas ou restauração) vão acolher um restaurante italiano, que atualmente desenvolve a sua atividade no Parque Manuel Braga. As duas frações não entraram no concurso público, uma vez que foi aprovada pelos órgãos municipais a possibilidade de se avançar com um procedimento de negociação para convidar a empresa Rive Droite – Comércio de Restauração, Lda a ocupá-las, uma vez que as obras de requalificação do Parque não preveem a continuidade desse estabelecimento. A proposta contempla um pagamento mensal de 2.000 euros.
Falta a fração A, que não recebeu qualquer proposta. A autarquia adianta que vai adotar um procedimento mais simplificado, convidando várias empresas a apresentar propostas, tendo em consideração o conceito pretendido para o local e as adjudicações que, entretanto, vão ser realizadas para os restantes espaços.