Os diretores de escolas saudaram a decisão do Governo de manter os estabelecimentos de ensino abertos, mas lamentaram que quem ali trabalha não faça parte dos grupos prioritários de vacinação contra a covid-19.
“Para nós não foi surpresa a decisão do Governo [de manter as escolas abertas]. Além disso, temos consciência de que o trabalho fantástico de professores, diretores e assistentes operacionais resultou na segurança das escolas”, afirmou Manuel Pereira. O presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares (ANDE) lamentou apenas que os profissionais escolares não venham a fazer parte dos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19, considerando que tanto os professores como os restantes funcionários são “grupos profissionais envelhecidos” e por isso “o Primeiro-ministro poderia ter considerado os professores e assistentes como prioritários”.
Integrar quem trabalha nas escolas nos grupos prioritários no acesso à vacina contra a covid-19 tem sido uma das medidas pedidas por diretores e sindicatos.
Questionado sobre esta hipótese, António Costa disse que “o critério de vacinação é definido por um grupo técnico e dirá o que terá a dizer sobre essa matéria”.
Sobre o anúncio de uma campanha de testes antigénio nas escolas para detetar casos de infeção de covid-19, Manuel Pereira considerou ser importante uma vez que permitirá fazer uma “radiografia das escolas”.
Para o representante dos diretores escolares, “se as normas de higiene sanitária continuarem a ser rigorosas, as escolas vão continuar a ser espaços seguros”.